Artigo

Bolsas mantêm a calma e evitam quedas

Publicado em:  16 junho 2025
Tempo estimado de leitura: ##TIME## min.

Partilhe este artigo

As bolsas norte-americanas fecharam em queda ligeira. Na sequência dos ataques israelitas ao Irão, o preço do barril de petróleo subiu 11,9% na semana.

O petróleo é o ativo que mais beneficia com os ataques israelitas ao Irão, com o preço do barril a subir 11,9% na semana, para os 74,40 dólares. A crise no Golfo Pérsico ameaça interromper o fornecimento de petróleo.

Um porto seguro, o ouro (+3,1%), aproximou-se de novo do seu recorde, fechando nos 3.425,70 dólares por onça. Ao invés, os ativos mais arriscados recuaram na sexta-feira.

O nosso conselho é que não entre em pânico e que resista à tentação de vender as suas ações precipitadamente. A melhor resposta a uma crise geopolítica é comprar ativos de risco à medida que os seus preços descem.

As praças norte-americanos fecharam em queda ligeira: o S&P 500 (-0,4%) e Nasdaq (-0,6%). A fraca subida da inflação nos EUA em Maio foi bem recebida pelos mercados.

As bolsas europeias, afetadas por Trump, terminaram a semana no vermelho. O Stoxx Europe 600 recuou 1,6%, com uma queda acentuada do índice de Frankfurt (-3,2%).

Mantendo a ameaça, Trump não descartou a imposição de medidas unilaterais aos parceiros comerciais dos EUA.

Na sexta-feira, o setor da defesa (+1,2% na semana) beneficiou dos ataques israelitas. Mas as ações da nossa seleção fecharam a semana mistas, com a Thales a recuar 4,2% e a BAE Systems a subir 0,4%.

Como costuma acontecer durante as crises geopolíticas e a subida do preço do petróleo, as companhias áreas perderam terreno na sexta-feira: Air France-KLM (-10,8%), IAG (-4,5%) e Lufthansa (-4,5%). Ao invés, o sector energético (+3,7%) beneficiou do aumento do preço do petróleo, com a Exxon Mobil a valorizar 7,5% e a TotalEnergies a subir 4,8%.

Nos setores mais defensivos, as operadoras de telecomunicações europeias caíram 2,7% e as retalhistas europeias caíram 2,5%.

Lisboa continua em alta

Mesmo numa semana mais cinzenta para as bolsas, a praça nacional manteve-se em alta, com o índice PSI a ganhar 0,3% e a reforçar os ganhos acumulados em 2025 para 17,2%.

Apesar das variações não terem sido muito significativas, até porque muitos investidores poderão ter estado ausentes do mercado devido aos feriados, o setor energético esteve em evidência, com a EDP Renováveis (+3,7%) a liderar os ganhos, seguida pela Galp Energia (+3,1%), que beneficiou da recuperação do preço do petróleo. EDP e REN subiram 2,4 e 1%, respetivamente.

Em sentido inverso, a Novabase (-13%) liderou as perdas, o que pode estar ligado ao facto das ações já não conferirem direito ao dividendo. Semapa e Mota-Engil também tiveram quedas expressivas de 7,4% cada uma, dado que as cotações sofreram o ajuste técnico relativo ao dividendo.

Números da semana

+11,9%  

Devido ao facto de o Médio Oriente ser uma região crucial no fornecimento de petróleo a nível global, o preço do ouro negro recuperou 11,9% na semana passada, após o escalar do conflito militar entre Israel e o Irão. A volatilidade do preço deverá permanecer a curto prazo. 

0,8663 €       

Devido às políticas aduaneiras e ao discurso muito errático de Donald Trump, o dólar continua a perder terreno e atingiu novo mínimo desde novembro de 2021 face ao euro, o que penaliza os investimentos feitos em ativos cotados em dólares. 

Top subidas

Tesla +10,2%
Bpost +7,8%
Exxon Mobil +7,5%
Eli Lilly +6,4%
Novo Nordisk +5,3%
 

Top descidas

Novabase -13,0%
VF Corp -8,8%
Semapa -7,4%
Mota-Engil -7,4%
UBS Group -6,4% 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -1,6% 
EUA S&P 500 -0,4% 
EUA Nasdaq -0,6% 
Lisboa PSI +0,3% 
Frankfurt DAX -3,2% 
Londres FTSE 100 +0,1% 
Tóquio NIKKEI 225 +0,3% 

Variação das cotações entre 06/06/25 a 13/06/25, em moeda local.

O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROteste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.