Os números acima do esperado do PIB nos EUA foram bem recebidos pelos mercados. A 23 de dezembro foi divulgado o crescimento do PIB americano no terceiro trimestre (+4,3%), o que superou as previsões de 3,3%, e também o crescimento do trimestre precedente (3,8%), revelando uma aceleração da economia.
Apesar de ser antecipado que o quarto trimestre seja penalizado pelo longo shutdown do Governo federal, é previsto que haja uma recuperação no próximo ano. Contudo, os principais índices de ações dos Estados Unidos encontram-se apenas a menos de 3% dos seus máximos, que foram atingidos neste último trimestre de 2025. Assim, o S&P 500 subiu 1,4% e o Nasdaq 1,2%, e encontram-se respetivamente a -0,24% e a -2,5% dos seus máximos. E ao que tudo indica, irão começar o ano de 2026 nesses níveis.
O aumento constante da procura pela prata levou a mesma a novos máximos, tendo o ouro chegado também a níveis nunca antes vistos ao cotar a 4550 dólares. O ouro e a prata já valorizaram respetivamente 52% e 120% desde o início do ano.
Algumas ações tecnológicas recuperaram terreno na última semana, como foram os casos da Alphabet (+2,1%), da Amazon (+2,3%), e da IBM (+1,4%).
Com performances mais modestas esta semana, constata-se a Microsoft (+0,4%) e a Meta (+0,7%). O setor tecnológico mundial cresceu 1,8% (1,7% na Europa e nos Estados Unidos). Menos dependente do setor tecnológico, o Stoxx Europe 600 ganhou 0,2%. O setor europeu das matérias-primas valorizou 2,6% e o financeiro 1%. Dentro do setor financeiro europeu, os bancos Santander e o UBS Group apresentaram subidas ligeiras de respetivamente 0,2% e 0,4%, já o BNP Paribas caiu 0,1%.
Por sua vez, o setor farmacêutico europeu valorizou 1,3%, com destaque para a dinamarquesa Novo Nordisk “B”(+7%).
O setor de semicondutores voltou a ganhar terreno esta semana tendo o setor mundial crescido 4,5% (4% setor europeu).
Lisboa com semana no vermelho
A bolsa nacional teve uma queda ligeira de -0,4% na semana passada, depois de ter tido uma das maiores subidas entre as principais bolsas mundiais (2,6%) na semana anterior.
A liderar os ganhos esteve novamente a Semapa (+7,1%), ainda impulsionada pela venda da Secil ao grupo espanhol Molins por 1,4 mil milhões de euros (ME) que deverá gerar uma mais-valia de cerca de 400 ME nos resultados do grupo em 2026.
Igualmente a subir, mas com crescimentos ligeiros estiveram a Corticeira Amorim (+0,8%), a Galp Energia (+0,7%), a NOS (+0,4%) e a EDP (+0,1%).
Do lado das quedas, o destaque vai para a construtora Mota-Engil (-2,24%), ainda pressionada por vendas a descoberto – cerca de 3,04% do seu capital está a ser vítima de short-sell. Nas descidas da semana, seguiu-se a Sonae (-1,5%), a REN (-0,9%), e a Jerónimo Martins (-0,9%).
No setor do papel, a Altri e a Navigator também apresentaram quedas ligeiras, -0,5% e -0,1%, respetivamente. Recordamos que estas duas empresas foram afetadas em 2025 pela queda do preço de venda da pasta de papel. Os CTT registaram uma queda de 0,7% na semana. Por sua vez, o BCP caiu 0,6% e a EDP Renováveis também perdeu 0,6%.
Os números da semana
83,76 USD
O valor da prata continua a formar novos máximos, tendo no dia 28 de dezembro chegado ao seu valor máximo histórico de 83,76 dólares. Depois, esta subida foi seguida por uma correção de cerca de 10%, tendo a prata voltado a cotar a cerca de 75 dólares por onça.
+28,3%
A valorização do índice bolsista português este ano já ultrapassou os 28% com destaque para as valorizações da Mota-Engil, BCP e Sonae. Em 2025, a Teixeira Duarte voltou a entrar no PSI, que inclui agora 16 empresas.
Top subidas
Semapa 7,1%
Novo Nordisk “B”+7%
Merck +5,6%
Nvidia +5,3%
Teva Pharma +5,1%
Top descidas
Diageo -5,3%
Stellantis -5%
Walmart -2,3%
Mota Engil -2,2%
Medtronic -2,1%
Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +0,2%
EUA S&P 500 +1,4%
EUA Nasdaq +1,2%
Lisboa PSI -0,4%
Frankfurt DAX +0,2%
Londres FTSE 100 -0,3%
Tóquio NIKKEI 225 +2,5%
Variação das cotações entre 19/12/25 a 26/12/25, em moeda local.
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