Suécia prossegue corte de juros
O Riksbank reduziu a taxa diretora na Suécia de 3,75% para 3,5% e sinalizou mais dois ou três cortes adicionais ainda este ano caso a inflação evolua em linha com as perspetivas. Foi o segundo corte de juros do atual ciclo, após o máximo de 4% atingido pela primeira vez em setembro de 2023.
O Riksbank referiu ainda que a inflação continua a cair e outros indicadores indicam que está a convergir rapidamente para a meta de 2%. Além disso, o banco central sueco refere que as perspetivas de crescimento económico da Suécia podem ser mais fracas do que o esperado no início deste ano. Consequentemente, é apropriado reduzir os custos do crédito de forma mais rápida.
O cenário de mais dois ou três cortes ainda este ano poderá penalizar o valor da coroa sueca. Atualmente, não recomendamos ativos suecos.
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Coreia mantém status quo
O Banco da Coreia do Sul manteve a taxa de referência em 3,5%. Tratou-se da 13.ª reunião em que opta pelo status quo. A decisão ocorre após indicadores económicos divergentes. Por um lado, a inflação diminuiu. Por outro, o endividamento das famílias aumentou e os preços das casas dispararam após as recentes medidas do governo de Seul.
O banco central estima que a taxa de inflação fique nos 2,5%, ligeiramente abaixo da previsão de maio (2,6%). Acrescentou que estudaria o momento adequado de um corte de juros, mas quer manter a política monetária em terreno restritivo. Com efeito, a economia da Coreia continua dinâmica. A sua estimativa é de uma expansão do PIB de 2,4% em 2024.
Para o próximo ano, o crescimento deverá rondar os 2,1%, o suportado pela recuperação do consumo, pela melhoria do setor tecnológico e das condições da economia global. A menor valorização da bolsa de Seul é uma oportunidade para reforçar a aposta neste mercado assente em setores com bom potencial de crescimento.
Indonésia quer suportar a rupia
O Banco da Indonésia manteve a sua taxa inalterada em 6,25%. O custo do crédito está no nível mais elevado desde 2016. Recorde-se que, ao contrário de outros países, o banco central indonésio decidiu um aumento da taxa diretora em abril de 2024.
Tanto essa decisão como a subsequente manutenção dos juros tem como objetivo estabilizar mais a taxa de câmbio da rupia e garantir que a inflação permaneça sob controlo e dentro do intervalo do objetivo de 2,5 ± 1% para 2024 e 2025. Com efeito, a rupia tem ganho terreno, devido ao aumento da entrada de capital estrangeiro e ao provável corte das taxas nos EUA (um maior diferencial de juros favorece a rupia). Essa evolução da rupia indonésia também ajuda na desaceleração da inflação. Esta foi de apenas 2,13% em julho, ou seja, o valor mais baixo desde fevereiro de 2022.
Com este cenário, o banco central poderá seguir as pisadas de outros congéneres emergentes e iniciar o ciclo de descidas dos juros. A bolsa da Indonésia continua entre os nossos mercados emergentes preferidos. A boa governação do país e as reservas de metais essenciais para a transição energética são bons trunfos.
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