O Banco Central Europeu pretende reduzir a dimensão do seu balanço e a exposição direta aos mercados de dívida, mas também assegurar a liquidez necessária para o sistema financeiro. Assim, vai favorecer o mercado interbancário, atribuindo aos bancos a responsabilidade de se financiarem mutuamente. Para os incentivar, o BCE baixará a taxa das operações regulares de financiamento, através da redução do spread face à taxa dos depósitos dos bancos junto do BCE, de 0,50% para 0,15%, a partir de setembro.
Este novo quadro operacional é favorável para os mercados de dívida europeus. A saída do BCE implicaria uma menor procura de obrigações e consequentemente maiores custos de financiamento (juros mais altos) para os emitentes, o que comprometeria o efeito esperado da redução das taxas diretoras juro na economia.