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Dia Mundial da Poupança: 5 perguntas que todos querem saber

Dia Mundial da Poupança: 5 perguntas que todos querem saber

Saiba as respostas para as 5 perguntas mais frequentes sobre poupança

Publicado em: 31 outubro 2024
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Dia Mundial da Poupança: 5 perguntas que todos querem saber

Saiba as respostas para as 5 perguntas mais frequentes sobre poupança

No dia 31 de outubro comemora-se o Dia Mundial da Poupança. Sabe como aplicar bem as suas poupanças? 

Os portugueses são muito propensos ao capital garantido e avessos ao risco. O atual cenário dos produtos de capital garantido é o seguinte: nos depósitos a prazo as taxas estão em queda (no início de outubro, 17 bancos cortaram as taxas), mas é o produto financeiro preferido dos portugueses e o montante aplicado em depósitos tem aumentado a cada mês; nos Certificados de Aforro, apesar das novidades recentes, o rendimento permanece sem qualquer alteração e a série F mantém-se pouco interessante, aliás, o montante aplicado em Certificados de Aforro tem diminuído desde o lançamento da série; nos planos poupança reforma, até ao fim do ano continuam a vigorar as medidas excecionais que permitem o resgate sem penalização, ou seja, foram dois anos em que muitos mealheiros destinados à reforma desapareceram para fazer face à crise da subida dos preços. 

E os incentivos à poupança? São muitos poucos ou nenhuns. Ainda assim, segundo os números do INE, a taxa de poupança está a aumentar (9,8% no segundo trimestre deste ano), ainda que fique muito abaixo da média da zona euro (15,7% no mesmo período, segundo o Eurostat). Mas, para o Banco de Portugal, a expectativa é de aumento para valores em torno dos 11%, nos próximos anos.

 

Taxa de poupança dos portugueses

 

Fonte: INE. 
Portugueses poupam nos momentos difíceis. Já neste século, salientamos que foi nos momentos difíceis, de crise, que os portugueses apertaram o cinto e aumentaram a sua reserva de poupança. Em 2002, a taxa de poupança chegou a 13,9%, quando o país sofreu a primeira crise do euro. Destacamos ainda a crise financeira do subprime em 2009 (11,6%) e, mais recentemente, o período da pandemia de Covid 19, quando os níveis de poupança atingiram 13,8%, no final de 2020. 

Aplique em produtos com rendimento bruto acima de 2,8% 

O maior inimigo das poupanças é a inflação e nos últimos anos, com níveis de inflação elevados, foi difícil obter rendimentos reais positivos. Atualmente, com o controlo da inflação, é possível obter ganhos reais positivos, mas deverá sempre optar pelos melhores produtos do mercado. Por exemplo, para 2025 e 2026 o Banco de Portugal estima uma taxa de inflação de 2%. Assim, para conseguir um rendimento real positivo, deverá procurar produtos com rendimento líquido acima de 2%, ou seja, uma taxa bruta acima de 2,8%. 

Estas são as 5 perguntas mais frequentes quando falamos sobre poupanças no contexto atual e nós damos a resposta. 
 

Ainda vale a pena aplicar em depósitos a prazo? 

Sim. Mas procure sempre as melhores ofertas do mercado e uma taxa superior à da inflação esperada para esse ano, de forma a garantir rendimento real positivo. Sendo a inflação esperada de 2%, para 2025, procure depósitos com taxa líquida superior (ou seja, acima de 2,8% bruta). E há várias propostas de depósito a prazo com remuneração líquida acima de 2%. A maior parte delas são em bancos mais pequenos, online e de capital estrangeiro. Muitas são contas promocionais de curto prazo para captar novos clientes ou novos capitais.

Deve privilegiar os depósitos por prazos um pouco mais longos (12 ou 24 meses) de forma a garantir que recebe essa remuneração durante um período que se antevê como de descida das taxas de juro. Assim está a garantir que durante esse prazo não há alteração de taxa para si.

Consulte a nossa análise aos depósitos a prazo.

Quais as melhores taxas do mercado? 

Há centenas de depósitos no mercado, para vários prazos. Os mais frequentes são os depósitos de curto prazo (até 1 ano) e os de médio prazo (2 ou 3 anos). Os de longo prazo (5 anos ou mais) são cada vez mais raros e as taxas de juro são mais baixas devido à incerteza das taxas de juro no futuro. 

Para o prazo de seis meses, a melhor proposta do mercado rende, atualmente, 4% bruta (Bison Bank). A DECO PROteste procura também intervir no mercado através de parcerias e atualmente, nos depósitos a prazo, tem uma parceria com o Banco BAI, que disponibiliza a melhor taxa do mercado para um depósito a 12 meses: 3,35% bruta, mas exclusiva aos subscritores da DECO PROteste Investe, uma taxa bastante acima da inflação.  

Consulte o nosso comparador de depósitos a prazo.

É preferível aplicar em depósitos ou Certificados de Aforro? 

Parecem existir algumas diferenças de posição quanto a isto, na imprensa. Temos ouvido frequentemente o seguinte argumento “agora que as taxas dos depósitos estão em queda, os Certificados de Aforro vão tornar-se uma boa opção”. Aliás, foi até o argumento utilizado pelo Ministério das Finanças, quando introduziu as mais recentes alterações.

Mas, será mesmo verdade? Para nós, é bastante simples: as taxas estão a descer nos depósitos a prazo desde o início do ano - é um facto - mas também as taxas Euribor, da qual depende a taxa base dos Certificados de Aforro. Por isso, a descida das taxas de juros irá afetar tanto os depósitos, como os Certificados de Aforro. No caso dos Certificados de Aforro até há uma agravante face à série anterior: como já não existe o spread de 1% que acrescia à média da Euribor a 3 meses na fórmula de cálculo da taxa base, esta pode muito facilmente aproximar-se de 0%, o limite mínimo.

Atualmente a Euribor a 3 meses está em 3,2%. Basta uma redução de 0,7% para começar a baixar a taxa base dos Certificados. Além disso, nos primeiros 9 anos, os prémios de permanência foram reduzidos para metade do que eram anteriormente. Portanto, é uma série bem menos interessante. No entanto, pode ser uma aplicação interessante – devido à falta de alternativas – para quem pretenda efetuar uma poupança com entregas regulares de pequeno montante (mínimo de subscrição é de 100 euros e reforços posteriores mínimos de 10 euros). Além disso, pode resgatar em qualquer altura após os primeiros três meses (elevada liquidez) e sem custos! 

Mas se tem um montante elevado e não tenciona fazer reforços, atualmente há dezenas de depósitos a render mais do que os Certificados de Aforro. Aproveite as melhores taxas por um prazo mais longo e garanta assim, um rendimento acima da inflação. Já os Certificados de Aforro (taxa base líquida de 1,8%) estão abaixo da inflação esperada.

Conheça as alterações recentes nos Certificados de Aforro.

Onde aplicar o salário extra de setembro e outubro? 

Reforçar o fundo de emergência, nos melhores depósitos e Certificados de Aforro – ambos com elevada liquidez -, e iniciar ou reforçar a poupança de longo prazo destinada à reforma, são duas boas opções (nos PPR). Saiba mais

Quais os melhores produtos para a reforma? 

A poupança para a reforma é cada vez mais uma prioridade (ou, deveria ser!) e deveria ser iniciada cada vez mais cedo, idealmente quando se começa a trabalhar. Isto porque, quando mais cedo começar, mais poupa; mas também maior é o número de anos e o efeito de capitalização será superior; além disso, quanto mais cedo começar, mais poderá arriscar e subscrever, por exemplo, um PPR com elevada componente de ações. 

Se ainda está longe da reforma, opte por um PPR sob a forma de fundo com uma componente de ações; se já a está mais perto da reforma (a menos de 10 anos da idade em que tenciona resgatar), então transfira ou subscreva um PPR de capital garantido. Dessa forma acautela o montante acumulado ao longo de anos, décadas, não o sujeitando ao risco de variações de curto prazo dos mercados.

Atualmente recomendamos 3 PPR: um sob a forma de seguro com capital garantido e dois sob a forma de fundo com uma parte da carteira em ações (um deles aplica cerca de 30% em ações e o outro aplica cerca de 90%).

Conheças as nossas recomendações sobre os melhores PPR.

Veja também as reivindicações da DECO PROteste Investe sobre a poupança.

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