Análise

Zona Euro, Canadá e Japão

Publicado em:  02 setembro 2024
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Inflação recua na zona euro e abre porta a novo corte de juros pelo BCE. PIB do Canadá acelera, enquanto o Banco do Japão enfrenta desafios cada vez mais complexos.

Zona Euro:inflação recua

Em agosto, a inflação registou um recuo significativo: 2,2%, em comparação com 2,6% em julho. Com efeito, após vários meses de ligeiras subidas, os preços da energia começaram a cair. Esta inversão não era expectável, dada a instabilidade no Médio Oriente, mas o abrandamento da economia mundial acabou por reduzir a procura de energia, resultando na diminuição dos preços.

Por outro lado, as notícias são menos positivas nos preços dos serviços (aumento anual de 4,2%), sendo a principal fonte de inflação na Europa. No entanto, os agentes económicos esperam ansiosamente por uma redução das taxas de juro na zona euro que permita redinamizar a economia. E, com a descida da inflação para níveis próximos do objetivo de 2%, o BCE deverá baixar novamente a taxa diretora na próxima reunião marcada para 12 de setembro. Esta redução poderá melhorar a conjuntura económica a curto prazo, mas não resolve os problemas de competitividade que afetam a União Europeia em geral e a zona euro em particular. 

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Canadá: PIB cresce 2,1% 

O crescimento acelerou no segundo trimestre, atingindo 2,1% (1,8% no primeiro trimestre). O Canadá conclui assim a primeira metade do ano com resultados positivos graças à progressão das despesas públicas, investimento e crescimento demográfico. Os gastos do Estado cresceram 1,5% face ao trimestre anterior devido ao aumento das remunerações dos funcionários públicos. O investimento também registou uma evolução positiva.

Apesar de o consumo das famílias ter mostrado um ligeiro abrandamento, o número crescente de agregados familiares no Canadá faz com que o mercado interno continue a aumentar. Porém, nem tudo são boas notícias. O mercado imobiliário continua a ser um fator de pressão na economia e há também uma deterioração do comércio externo. Quando às taxas de juro, depois já ter iniciado os cortes, o Banco do Canadá irá tornar o crédito ainda mais acessível e há condições para uma recuperação da procura das famílias nos próximos trimestres. 

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Japão:desafios para o Banco Central

A missão do banco central nipónico está a tornar-se mais complexa. Após as falhas de comunicação, que causaram turbulências significativas nos mercados financeiros, os investidores ainda se questionam sobre o rumo da política monetária. E os últimos indicadores não ajudam a esclarecer as dúvidas: em julho. A taxa de desemprego subiu para 2,7%, afastando-se do mínimo de 2,4% registado no início do ano, sinal de que a economia enfrenta dificuldades. Ao mesmo tempo, a inflação na área metropolitana de Tóquio passou de 2,2% em julho para 2,6% em agosto.

Assim, se a desaceleração do mercado de trabalho poderá levar ao status quo, o ressurgimento da inflação levará a um provável aumento das taxas de juro. Apesar deste cenário complexo e a saída anunciada do Primeiro-Ministro Kishida, o Japão e o iene, atualmente muito subvalorizado, continuam a oferecer perspetivas relativamente interessantes.

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