Em março, a evolução dos preços surpreendeu pela negativa. Em 3,5%, a taxa de inflação homóloga superou as expectativas e contrastou com o mês anterior (3,2%). O principal fator para esta evolução foi o ressurgimento dos preços da energia (+2,1% num ano), o qual deverá continuar a atiçar a inflação nos próximos meses. A Reserva Federal tem, assim, de lidar com uma economia muito dinâmica e em pleno emprego (suporta salários mais altos), enquanto a inflação não desacelerará tão rápido quanto era esperado.
Até há pouco tempo, antecipava-se três cortes dos juros em 2024, sendo o primeiro em junho. Ora esse cenário é agora improvável. O número de cortes esperados para as taxas de juro este ano continua a diminuir e o seu início adiado, cada vez mais, para o final de 2024. Contudo, e após uma reação negativa, as bolsas dos EUA voltaram a recuperar boa parte do terreno perdido. O otimismo prossegue inabalável.