A taxa de juro diretora triplicou desde junho (de 15% para 45%), mas a Turquia não consegue controlar a inflação: 67% em fevereiro! Ao mesmo tempo, os juros da dívida soberana ultrapassam atualmente os 27% no prazo de 10 anos e são ainda mais elevados nos prazos mais curtos. Inevitavelmente, o crédito extremamente caro penaliza a atividade: a taxa de desemprego está a aumentar (9,1%) e a lira turca perdeu quase 7% desde o início do ano face ao euro. São efeitos das pressões com as eleições autárquicas, a 31 de março.
O banco central não aumentou as taxas desde janeiro e prefere incentivar o setor financeiro a suportar o valor da lira. Assim, as taxas diretoras permanecem muito abaixo da inflação e aumentam os receios de um regresso ao passado recente, onde a política do banco central era ditada pelo governo de Ancara. São demasiados riscos para considerar a Turquia como hipótese de investimento. Fique afastado.