O Brent já está a negociar nos 85 dólares por barril. Por um lado, o dinamismo da economia norte-americana permanece impressionante, sinónimo de elevada procura. Por outro lado, a OPEP alarga as medidas para limitar a produção. Por fim, juntam-se as tensões no Médio Oriente e os ataques de Kiev a refinarias russas. Numa altura em que os principais bancos centrais se congratulam com a descida gradual da inflação e preveem cortar as taxas diretoras em breve, uma recuperação dos preços da energia poderia comprometer o cenário benigno de redução gradual das taxas e de aceleração da atividade económica.
No entanto, com as eleições presidenciais em novembro, um aumento dos preços dos combustíveis nos EUA reduziram as hipóteses de reeleição de Joe Biden. Por conseguinte, Washington fará tudo o que estiver ao alcance para evitar esse desfecho. Em suma, na ausência de uma grande escalada nos conflitos geopolíticos, o preço do barril deverá manter-se em torno dos níveis atuais.