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Cortes nos juros americanos impulsionam bolsas

Bolsa de ações

As ações tecnológicas são as grandes vencedoras da semana, com o Nasdaq a subir 2,2%.

Publicado em: 22 setembro 2025
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Bolsa de ações

As ações tecnológicas são as grandes vencedoras da semana, com o Nasdaq a subir 2,2%.

As bolsas americanas fixaram novos máximos perante a possibilidade de mais cortes nas taxas de juro.

A perspetiva de dois novos cortes das taxas de juro americanas em 2025 (e mais em 2026) estimulou as bolsas dos EUA, que atingiram novos máximos. 

Com efeito, a deterioração do mercado de trabalho nas últimas semanas permitiu que a Reserva Federal adotasse uma postura mais acomodatícia. O S&P 500 ganhou 1,2%, mas foram as ações tecnológicas as grandes vencedoras da semana, com o Nasdaq a subir 2,2%. 

O setor beneficiou ainda da notícia de que a Nvidia (-0,6%) vai fazer um elevado investimento na Intel, que liderou os ganhos semanais ao valorizar 22,8%.

O apetite pelo risco esteve menos presente na Europa, que fechou em queda ligeira, com o Stoxx Europe 600 a recuar 0,1%. Amesterdão ganhou 2,3% graças à ASML (+15,1%) mas a maioria das bolsas europeias fecharam ligeiramente no vermelho. Zurique perdeu 0,7%. 

O setor de semicondutores (-0,1%) contou com vencedores e perdedores após o anúncio da parceria entre a Intel e a Nvidia e da aquisição de 4% da Intel pela Nvidia. Os fabricantes de equipamentos para o setor de semicondutores, como a ASML (+15,1%) e a Applied Materials (+13,3%), reagiram positivamente com a esperança de novos pedidos de encomendas. Entre as potenciais vítimas deste acordo, a AMD e a ARM desceram 0,7 e 5,1%, respetivamente.

Neste ambiente mais favorável à tomada de risco, os investidores afastaram-se dos setores defensivos, como a alimentação (-1%), as telecomunicações (-1,6% na Europa) e os serviços públicos (-0,9% na Europa).

Lisboa em queda ligeira

Tal como muitas das suas congéneres europeias, a bolsa nacional teve uma queda ligeira de 0,6% na semana passada.

A liderar as perdas estiveram a Corticeira Amorim (-4,2%), a NOS (-2,8%) e a REN (-2,7%), embora sem notícias especificas que o justificassem. Seguiu-se a Galp Energia (-2,3%), que voltou a ser penalizada pelo recuo do preço do barril de petróleo (-0,5%).

A Jerónimo Martins (-2,1%) e a EDP (-1,7%), dois pesos pesados do índice PSI, também perderam valor.

Pela positiva, a Mota-Engil voltou a liderar os ganhos com uma valorização de 6,2%, a beneficiar dos anúncios recentes de novos contratos no estrangeiro. Seguiu-se a Ibersol (+5,6%), que apesar da queda de 10% dos seus lucros semestrais, registou um crescimento de dois dígitos das receitas e uma melhoria significativa da margem EBITDA. A fechar o pódio estiveram os CTT, que subiram 2,6%.

Nota final para a subida de 1,8% do BCP, que recuperou da recente correção, após os máximos relativos de agosto passado.

 

Números da semana

-0,25%  

Como se previa, a Fed cortou, pela primeira vez este ano, as taxas de juros americanas em 25 pontos base. O enfraquecimento do mercado de trabalho permitiu esta decisão, esperando-se ainda mais dois cortes de igual amplitude em 2025.   

5 mil MD     

Valor do investimento que a Nvidia irá fazer na Intel, correspondente a uma participação de 4% no capital. O anúncio surge no âmbito de uma parceria mais vasta entre as duas empresas, com vista a desenvolver em conjunto novas gerações de produtos para centros de dados e computadores.

Top subidas

Intel +22,8%
ASML +15,1%
Applied Materials +13,3%
Novo Nordisk B +11,6%
Tesla +7,6%
 

Top descidas

Teva Pharma -7,9%
Knorr Bremse -5,7%
Harley-Davidson -5,3%
PostNL -4,8%
Volkswagen VZ -4,6%

 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -0,1% 
EUA S&P 500 +1,2% 
EUA Nasdaq +2,2% 
Lisboa PSI -0,6% 
Frankfurt DAX -0,3% 
Londres FTSE 100 -0,7% 
Tóquio NIKKEI 225 +0,6% 

Variação das cotações entre 12/09/25 a 19/09/25, em moeda local.

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