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Bolsas americanas fixam novos máximos

analise acoes

Apesar de não terem mostrado uma direção clara durante a semana, as bolsas americanas fixaram novos máximos

Publicado em: 18 agosto 2025
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Apesar de não terem mostrado uma direção clara durante a semana, as bolsas americanas fixaram novos máximos

Os mercados ficaram hesitantes com os dados do emprego dos EUA no início de agosto, que aumentaram os receios de uma desaceleração da economia.

Após as surpresas desagradáveis com os dados do emprego dos EUA no início de agosto, que aumentaram os receios de uma desaceleração, a divulgação de dados (satisfatórios) das vendas a retalho e (dececionantes) da produção industrial deixaram os mercados hesitantes.

Do mesmo modo, o cenário de um corte das taxas de juro, por parte da Fed em setembro, sugerido pela estabilização da inflação em julho, foi agora posto em causa por preços no produtor muito acima das expectativas. Apesar de não terem mostrado uma direção clara durante a semana, as bolsas americanas fixaram novos máximos. O S&P 500 subiu 0,9% e o Nasdaq 0,8%. 

A Alphabet (+1,4%) beneficiou da oferta da Perplexity AI para comprar o browser Google Chrome. A Nvidia (-1,2%) foi penalizada depois de ter dito que iria dar parte dos lucros obtidos na China ao Tesouro dos EUA. A Applied Materials desceu 12,5% após previsões de vendas dececionantes. 

A Europa terminou no verde, impulsionada pela esperança de um cessar-fogo na Ucrânia. O Stoxx Europe 600 ganhou 1,2%, com Paris e Frankfurt a subirem 2,3% e 0,8%. Depois de um início de semana difícil após o anúncio do encontro entre Trump e Putin, o setor da defesa europeu subiu 1,2%.

A Thales (+2,8%; pág. 8) e a BAE Systems (+1,3%) fecharam em alta. O setor farmacêutico global recuperou 4,8%, com a Eli Lilly a valorizar 12,1%, estimulada por um acordo sobre obesidade com a Superluminal Medicines. A Novartis subiu 5,8% após resultados clínicos positivos para o Ianalumab e o índice bolsista suíço (+1,7%) recuperou após a entrada em vigor das pesadas tarifas americanas de 39% sobre os produtos da Suíça. 

Lisboa perto da linha de água

A bolsa de Lisboa subiu apenas 0,003% e foi das que menos valorizou na semana. A Mota-Engil (+6,3%) e o BCP (+2,2%) voltaram a destacar-se e a liderar os ganhos, sendo as duas melhores ações nacionais em 2025. 

Numa semana sem grandes novidades e ainda marcada pelas férias de muitos investidores, destaque igualmente para as valorizações de 1,7% dos CTT, de 1,4% da REN e de 1,3% da NOS, embora sem novidades.

Pelo contrário, as quedas da EDP Renováveis (-2,5%) e da Galp Energia (-2,3%), afetada por nova queda do preço do petróleo (-1,2%), foram as principais responsáveis pelo menor desempenho do índice PSI. No setor da pasta e do papel, a Altri (-2,7%) e a Navigator (-1,4%) também puxaram o índice bolsista nacional para baixo. 

Números da semana

6468,54 

Novo máximo histórico do principal índice norte-americano S&P 500. Ainda assim, dada a forte desvalorização do dólar face ao euro, a bolsa de Nova Iorque ainda acumula uma perda de 3,1% em 2025 (em euros).  

124 000 $    

Apesar de ter fechado a semana na casa dos 117 000 dólares, a Bitcoin fixou novos máximos acima dos 124 000 dólares. A Bitcoin beneficiou do apetite dos investidores pelo risco e sobretudo das políticas favoráveis aos criptoativos implementadas pela administração Trump. 

Top subidas

Intel +23,1%
Harley-Davidson +13,1%
Eli Lilly +12,1%
VF Corp +10,6%
Teva Pharma +9,1% 

Top descidas

Applied Materials -12,53%
Cisco Systems -7,8%
PostNL-5,0%
Walmart -3,6%
Altri -2,7%
 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +1,2% 
EUA S&P 500 +0,9% 
EUA Nasdaq +0,8% 
Lisboa PSI +0,003% 
Frankfurt DAX +0,8% 
Londres FTSE 100 +0,5% 
Tóquio NIKKEI 225 +3,7% 

Variação das cotações entre 08/08/25 a 15/08/25, em moeda local.

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