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Trump está menos assustador

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Semana positiva nas bolsas

Publicado em: 11 julho 2025
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Semana positiva nas bolsas

A incerteza sobre as tarifas que os EUA querem impor continua, mas as bolsas tiveram uma semana positiva.

As bolsas fecharam maioritariamente positivas na semana, apesar da persistente incerteza sobre as tarifas que os EUA querem impor aos parceiros comerciais. O adiamento das tarifas de 9 de julho para 1 de agosto alimentou o otimismo dos investidores em relação a um acordo.  

O S&P 500 e o Nasdaq fecharam quase na linha de água, com ganhos de 0,02% e 0,1%, respetivamente. O setor tecnológico americano (+0,2%) foi de novo estimulado pela Nvidia (+3%), que se tornou a primeira empresa cotada com um valor superior a 4 biliões de dólares e ator chave na IA. O setor de semicondutores valorizou 2,1%, com a Intel a ganhar 5,9%.

Na Europa, o Stoxx Europe 600 subiu 1,7%, com Paris e Frankfurt a progredirem 1,9 e 2,2%. Os investidores apostam num acordo entre a Europa e os Estados Unidos até 1 de agosto. Até lá, Trump pode abalar os mercados com declarações inflamadas, mas os investidores parecem habituar-se aos seus ziguezagues.

O setor automóvel europeu recuperou 3,2%, com a BMW a valorizar 9%, a Mercedes a ganhar 5% e a Volkswagen VZ a subir 3,2%. 

O setor farmacêutico subiu 1,8%, após a Merck (+3,8%) ter anunciado a aquisição da Verona Pharma. O setor energético avançou 0,7%, apesar da estabilidade do preço do petróleo (-0,1%) e dos anúncios esperados da Shell (+1,2%) e Exxon (+2,4%).

Os dados trimestrais da Shell dececionaram no setor químico e a Exxon confirmou que a queda do petróleo reduzirá o lucro no 2.º trimestre. O setor da defesa europeu avançou 3,2%, com a Thales a ganhar 1,2%. Por fim, as ações europeias mais defensivas sofreram com o otimismo dos investidores: telecomunicações (-1,5%) e utilities (-1,6%). 

Lisboa perto da linha de água 

A bolsa nacional recuou uns ligeiros 0,1% na última semana, mas acumula uma subida robusta de 21,5% desde o início do ano. 

A liderar os ganhos da semana esteve a Mota-Engil (+8,1%), que volta a dar sinais de força, e os CTT (+5,8%) que fixaram um novo máximo desde meados de 2016, há nove anos.

A Galp (+1,7%) fechou o pódio depois de anunciar uma subida de 6% da sua produção de petróleo no 2.º trimestre. Em contrapartida, anunciou uma descida de 20% da margem de refinação. 

De resto, as variações foram pouco significativas e mesmo as empresas que mais desceram (Corticeira Amorim e Altri) recuaram “apenas” 2,2% cada uma. Para além do desenrolar da questão das tarifas, os investidores aguardam agora a divulgação dos resultados semestrais, que terá início na segunda quinzena de julho. 

Números da semana

12%   

Já esta sexta-feira, a EDP e a EDP Renováveis anunciaram dados relativos à atividade no semestre, com a produção de eletricidade a crescer 12% em ambas as empresas, acima dos valores registados no 1º trimestre, a beneficiar do aumento da capacidade instalada de 11 e 18%, respetivamente. 

4 biliões $        

A Nvidia é a primeira empresa da história a ultrapassar os 4 biliões de dólares de valorização bolsista. A empresa fechou num novo máximo histórico de 164,10 dólares, estimulada pelo entusiasmo em torno dos seus chips para a inteligência artificial. 

Top subidas

BMW +9,0%

Kion Group +8,2%
Mota-Engil +8,1%
Atenor +7,3%
Knorr Bremse +6,9%
 

Top descidas

Autodesk -9,6%
Accenture -5,4%
Ericsson -4,6%
Netflixl -3,6%
Walmart -3,6% 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +1,7% 
EUA S&P 500 +0,02% 
EUA Nasdaq +0,1% 
Lisboa PSI - 0,1% 
Frankfurt DAX +2,2% 
Londres FTSE 100 +1,7% 
Tóquio NIKKEI 225 -0,4% 

Variação das cotações entre 3/07/25 a 10/07/25, em moeda local.

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