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Otimismo regressa às bolsas

Bolsa de ações

Uma semana em bolsa sem grandes novidades

Publicado em: 30 junho 2025
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Bolsa de ações

Uma semana em bolsa sem grandes novidades

O preço do petróleo recuou na semana passada e a bolsa nacional regressou aos ganhos e subiu 1,1%. 

A queda da perceção de risco no Médio Oriente originou um recuo de 12,1% do preço do petróleo na semana passada. A assinatura de uma trégua comercial entre os EUA e a China foi outra boa notícia, sendo que há outros acordos que alegadamente estão prestes a ser assinados, sobretudo com a Europa, o que contribuiu para elevar o ânimo dos investidores. 

Nos EUA, a esperança de novos cortes de taxas de juro, após a divulgação de fracos indicadores económicos, estimulou o sector tecnológico (+4,9%). O S&P 500 e o Nasdaq subiram 3,4% e 4,3%, respetivamente. Na Europa, os ganhos foram menores, com o Stoxx Europe 600 a valorizar 1,3%. 

A Nvidia (+9,7%) voltou a destacar-se e passou a ser, de novo, a cotada mais valiosa. As previsões otimistas da Micron Technology (+0,9%) aumentam o otimismo no setor dos semicondutores (+7,8%), com a Intel a ganhar 7,6%. A Alphabet valorizou 6,3% e a Meta Platforms subiu 7,5%. 

A Schneider recuperou 7,5%, após os EUA abandonarem a ideia de um imposto adicional sobre o rendimento estrangeiro no país, e reiterou as suas projeções anuais.

O preço do petróleo caiu muito durante a semana, com o abrandamento das tensões no Médio Oriente e a redução dos receios de um bloqueio no Estreito de Ormuz. As ações do setor caíram 1,9%. A BP foi alvo de novos rumores de interesse por parte da Shell (-3,4%).

Ao invés, os setores do transporte aéreo (+5,6%) e das viagens e lazer (+4,3%) ganharam terreno. A redução da aversão ao risco levou a um menor desempenho dos setores mais defensivos, como a alimentação e bebidas (inalterado) e o farmacêutico (+0,9%).

Lisboa volta a sorrir 

Após o ligeiro recuo da semana anterior, a bolsa nacional regressou aos ganhos e subiu 1,1%. Em mais uma semana sem grandes novidades, a Mota-Engil (+6,2%) recuperou da recente correção e liderou os ganhos.
 
Fecharam o pódio os CTT e a Sonae, com valorizações de 5,3 e 3,6%, respetivamente. A outra empresa de retalho cotada em Lisboa, a Jerónimo Martins, também valorizou 2,1%. 

Pela negativa, apenas quatro empresas da nossa seleção fecharam no vermelho e com quedas pouco significativas. A Navigator (-2,4%) liderou as perdas, após a sua cotação sofrer um ajuste técnico do destaque do dividendo.
 
As restantes foram a REN (-1%), o BCP (-0,4%) e a Galp Energia (-0,3%), que foi pressionada pela correção muito significativa do preço do ouro negro nos mercados internacionais. 

Números da semana

157,75 $  

A Nvidia voltou a ser a empresa cotada mais valiosa do mundo, após ter fechado em novo máximo histórico de 157,75 dólares na semana passada, a beneficiar do regresso do otimismo dos investidores em torno da Inteligência Artificial (IA). 

1,1718 $       

O dólar americano continua a perder terreno de forma acentuada e cada euro já vale 1,1718 dólares, o valor mais elevado desde setembro de 2021. A perda de confiança na moeda americana deve-se ao carater errático das políticas da administração Trump e ao elevado endividamento do país. 

Top subidas

Kion Group +10,9%
Sofina +10,3%
Nvidia +9,7%
Melexis +9,5%
Trigano +9,3%
 

Top descidas

Novo Nordisk -8,0%
Carrefour -7,1%
AB InBev -5,4%
Exxon Mobil -4,6%
Bell -4,0% 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +1,3% 
EUA S&P 500 +3,4% 
EUA Nasdaq +4,3% 
Lisboa PSI +1,1% 
Frankfurt DAX +2,9% 
Londres FTSE 100 +0,3% 
Tóquio NIKKEI 225 +4,6% 

Variação das cotações entre 20/06/25 a 27/06/25, em moeda local.

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