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Bolsas recuperam com tecnológicas a liderar

Bolsa de Wall Street

Os mercados foram impulsionados pelo setor tecnológico

Publicado em: 29 abril 2025
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Bolsa de Wall Street

Os mercados foram impulsionados pelo setor tecnológico

Trump volta atrás e evita um novo choque nas bolsas. O anúncio de  uma redução das tarifas na guerra comercial com a China trouxe uma trégua aos mercados. 

Depois de quase ter exigido a demissão de Jerome Powell, presidente da Fed, Trump voltou atrás, evitando um novo choque nas bolsas.

A trégua nos mercados foi também alimentada por comentários da Casa Branca sobre uma redução das tarifas na guerra comercial com a China. A notícia fez recuar o preço do ouro (-0,9%) no final da semana. 

Na frente empresarial, os anúncios algo sombrios de empresas como a IBM (-2,7%), a Procter & Gamble (-5,6%) e a Nestlé (-2,5%) foram ofuscados pelos resultados positivos de empresas ligadas à tecnologia, como a SAP (+8,2%), a STMicroelectronics (+13,9%), a Alphabet (+6,8%), a Texas Instruments (+9,7%) e a Tesla (+18,1%).

De facto, os mercados foram impulsionados pelo setor tecnológico (+7,4%), que recuperou bem após algumas semanas bastante difíceis. O S&P 500 e o Nasdaq subiram 4,6% e 6,7%. O alívio das tensões nos EUA permitiu à Europa fechar no verde. O Stoxx Europe 600 ganhou, com Paris a subir 3,4% e Frankfurt 4,9%. 

A desejada redução das tensões comerciais com a China favoreceu o setor dos semicondutores (+9,1%). A Intel (+5,9%) poderá reduzir a sua força de trabalho em 20% para tentar defender a rentabilidade. 

O setor automóvel europeu (+6,5%) beneficiou da possível flexibilização do comércio. A Volkswagen VZ recuperou 9,2% e a Mercedes valorizou 8,7%. 

O setor europeu da defesa (-3,1%) foi alvo da tomada de mais-valias, após a Thales (-7,6%) anunciar uma queda das encomendas trimestrais face a 2024 e especulações sobre o congelamento da guerra na Ucrânia. 

Os setores considerados mais defensivos marcaram passo, como a alimentação e bebidas (-0,4%), as telecomunicações (-0,3%) e as empresas de serviços públicos (+0,7%). 

Bolsa nacional continua em alta 

Lisboa seguiu a tendência positiva das suas congéneres mundiais e ganhou 3,1%. Numa semana mais curta, com a bolsa fechada na segunda-feira, e em que não houve grandes novidades, os ganhos foram generalizados.

Apenas duas empresas nacionais fecharam no vermelho: a NOS (-10,2%), cuja cotação foi alvo de uma correção técnica referente à distribuição do dividendo de 0,40 euros por ação, no dia 24 de abril, e a Altri, que sofreu uma queda muito ligeira de apenas 0,1%. 

A liderar os ganhos esteve a Mota-Engil (+8,7%), seguida dos CTT (+6,7%) e da EDP Renováveis (+6,3%). O BCP também teve uma semana muito positiva e subiu 6,1%. 

Já esta segunda-feira, a Galp (+3,6%) abriu a época nacional de divulgação dos resultados trimestrais, ao anunciar uma queda de 41% do lucro recorrente no primeiro trimestre, a refletir a conjuntura mais adversa do setor. 

Números da semana

-14,4% 

Mesmo com a recuperação da semana passada, a bolsa de Nova Iorque ainda acumula uma perda de 14,4% (em euros) desde o início do ano. Pelo contrário, o índice europeu Stoxx Europe 600 voltou a terreno positivo na semana passada e está a subir 2,5% desde o início do ano. 

-21,4%     

O setor automóvel, que já enfrentava desafios significativos com a transição energética, tem sido uma das principais vítimas das tarifas impostas por Trump e acumula uma perda significativa de 21,4% (em euros) desde o início do ano. Não aconselhamos exposição a este setor. 

Top subidas

Tesla +18,1%
Netflix +13,2%
Melexis +12,0%
Kion Group +10,4%
Applied Materials +10,3%

Top descidas

NOS -10,2%
Thales -7,6%
Engie -6,7%
Procter & Gamble -5,6%
Verizon -4,8%
 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +2,8% 
EUA S&P 500 +4,6% 
EUA Nasdaq +6,7% 
Lisboa PSI +3,1% 
Frankfurt DAX +4,9% 
Londres FTSE 100 +1,7% 
Tóquio NIKKEI 225 +2,8% 

Variação das cotações entre 18/04/25 a 25/04/25, em moeda local.

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