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Os vários anúncios de investimentos em IA passaram para segundo plano

Publicado em: 03 novembro 2025
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Os vários anúncios de investimentos em IA passaram para segundo plano

A Reserva Federal norte-americana (Fed) deixa a sugestão no ar de que um novo corte das taxas de juro em dezembro não está garantido.
Os investidores receberam com alguma frieza as declarações da Reserva Federal norte-americana (Fed), que sugerem que um novo corte das taxas de juro em dezembro não está garantido, dada a força da economia americana. Os vários anúncios de investimentos em IA, que sustentaram as bolsas no início da semana, passaram para segundo plano, embora o tema deva voltar rapidamente a centrar as atenções. 

O S&P 500 e o Nasdaq ganharam 0,7% e 2,2%, com o setor de semicondutores a valorizar 6% e o tecnológico 2,4%. A Nvidia (+8,7%) tornou-se a primeira empresa a valer mais de 5 biliões de dólares. A Meta (-12,2%) perdeu valor após não ter cumprido as previsões dos investidores. Felizmente, os anúncios da Apple (+2,9%) e da Amazon (+8,9%) foram bem recebidos. 

Na Europa, onde o BCE manteve as taxas de juro, o Stoxx Europe 600 perdeu 0,7%, com o setor alimentar e de bebidas a recuar 3,3%. A bolsa de Paris desceu 1,3%, a de Frankfurt 1,2% e a de Zurique desvalorizou 2,7%. 

O setor bancário europeu (+2,1%) beneficiou dos bons resultados divulgados pelo UBS (+1,1%), Barclays (+4,8%), Deutsche Bank (+7%) e Santander (+5,4%). Já os do BNP Paribas (-2,1%) ficaram abaixo do esperado. 

As farmacêuticas caíram 0,6%, com a Novo Nordisk (-7,6%) a desafiar a Pfizer (-0,4%) ao lançar uma contraproposta pela empresa de biotecnologia Metsera (obesidade). A GlaxoSmithKline (+9,9%) elevou as previsões anuais após um terceiro trimestre sólido.

Resultados sustentam Lisboa  

A bolsa de Lisboa manteve a tendência de alta e subiu mais 0,7% na semana passada, elevando os ganhos acumulados em 2025 para 32,1%.

A semana ficou marcada pela apresentação de resultados, com realce para a Jerónimo Martins (+10,5%), que liderou os ganhos após anunciar uma subida do lucro de 10%, um pouco acima do previsto, graças ao crescimento das vendas (+7,1%) e à ligeira melhoria das margens. 

Por sua vez, os lucros dos CTT (+4,4%) subiram 18,4%, suportados pelo aumento das receitas do Expresso e Encomendas, do Banco CTT e colocação de dívida pública. 

No caso da NOS (+0,7%), o resultado desceu 9,2%, mas superou um pouco as previsões. A queda deveu-se apenas a ganhos não recorrentes obtidos em 2024. Por fim, os resultados do BCP (+0,7%) cresceram 8,7% até setembro, com um terceiro trimestre em bom plano. 

Pela positiva, destaque igualmente para a subida de 4,6% da REN, que beneficiou de uma recomendação positiva de investimento, e que já ganhou 43,2% em 2025, apesar de ser um título mais defensivo.

Números da semana

5 biliões  

A Nvidia tornou-se na semana passada a primeira empresa da história a ultrapassar uma capitalização bolsista (valor de mercado) superior a 5 biliões de dólares. Em 2025, a empresa tem fixado sucessivos máximos e já ganhou 35,3% (em euros).

-0,25%  

Como se previa, a Fed cortou as taxas de juro em 0,25%, pela segunda vez este ano, colocando-as no intervalo de 3,75 – 4%. Porém, deu a entender que um novo corte, previsto para dezembro, não é certo, dada a boa saúde da economia americana.

Top subidas

Jerónimo Martins +10,5%
GlaxoSmithKline +9,9%
Amazon.com +8,9%
Nvidia +8,7%
Alphabet A +8,2%

Top descidas

VF Corp -13,9%
Adidas -12,6%
Meta Platforms -12,2%
Aperam -8,1%
Novo Nordisk -7,6%

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -0,7% 
EUA S&P 500 +0,7% 
EUA Nasdaq +2,2% 
Lisboa PSI +0,7% 
Frankfurt DAX -1,2% 
Londres FTSE 100 +0,7% 
Tóquio NIKKEI 225 +6,3% 

Variação das cotações entre 24/10/25 a 31/10/25, em moeda local.

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