Artigos

Resultados trimestrais sem surpresas

analise acoes

Números da inflação nos EUA em linha com as expectativas

Publicado em: 27 outubro 2025
Tempo estimado de leitura: ##TIME## min.

Partilhe este artigo

analise acoes

Números da inflação nos EUA em linha com as expectativas

Os mercados estiveram sem sobressaltos a semana passada, sem grandes deceções nos Estados Unidos e na Europa.

A época de resultados começou bem e sem grandes deceções nos Estados Unidos e na Europa, o que sustentou os mercados. No velho continente, o Stoxx Europe 600 ganhou 1,7% e fixou um novo máximo histórico, acompanhando o ritmo das publicações das empresas.

Boas notícias para o Barclays (+8,5%), Thales (+3,3%) e Assa Abloy (+6,1%). Outras empresas não tiveram resultados tão bons, como foram os casos da L'Oréal (-4,1%) e da Roche (-4,4%). Destaque para a subida de 2,4% da bolsa de Amesterdão. 

Ajudado por números da inflação nos EUA em linha com as expectativas e que validam a ideia de novo corte das taxas de juro esta semana, o S&P 500 (+1,9%) fechou em alta, apesar de algum desapontamento com os resultados da Netflix (-8,7%), da Texas Instruments (-4,2%) e da Tesla (-1,3%).

A Intel (+3,4%; +70% em 2025, em euros) manteve a tendência de recuperação. Os títulos mais tradicionais também terminaram positivos. Foram os casos da Coca-Cola (+1,9%), da Ford (+16,1%) e da General Motors (+19,3%), que seduziram os investidores com os bons números do terceiro trimestre. 

O preço do petróleo continua a evoluir em ioiô, mas desta vez subiu 7,6%, após novas sanções da Europa contra o petróleo russo e de Trump ter também endurecido sanções petrolíferas contra a Rússia.

O setor energético valorizou 2,9%, com a Repsol a ganhar 8% e a Shell 5,5%. Mas, nestas condições, é difícil mostrar otimismo para o setor. Nota final para a recuperação de 4,2% das empresas europeias do setor da defesa. 

Lisboa continua em alta 

A bolsa de Lisboa teve mais uma semana positiva e ganhou 1,3% na semana em que teve início a época de apresentação de resultados das empresas nacionais. Em 2025, a bolsa nacional já subiu 31,2%. 

A Navigator (-0,7%) deu o pontapé de saída, ao apresentar uma descida de 51% dos lucros até setembro, devido à quebra dos preços da pasta e do papel.

Já esta segunda-feira, a Galp (+5,8%), que liderou os ganhos na semana graças à subida do preço do petróleo, apresentou uma descida de 6% dos lucros totais até setembro, valor um pouco superior ao que prevíamos. Sem fatores não recorrentes, o da Galp lucro subiu 9%.  

De resto, esta semana será fértil ao nível da divulgação de resultados, com realce para a NOS (inalterada), BCP (+2,8%), Jerón. Martins (-0,9%), CTT (+4,8%) e Semapa (+1,1%). 

Ao contrário do que tem sido hábito nas últimas semanas, desta vez foi o grupo EDP a impedir uma subida maior do índice PSI, com a casa mãe a perder 0,7% e a EDP Renováveis (-1,1%) a liderar as perdas. 

Números da semana

47 207  

O mítico índice bolsista norte-americano Dow Jones Industrial fechou pela primeira vez na sua história acima dos 47 000 pontos, confirmando o bom momento das praças americanas, que não se restringe apenas ao setor tecnológico.  

3%       

Valor da taxa de inflação nos Estados Unidos em setembro, um aumento ligeiro face aos 2,9% de agosto, que deverá permitir que a Reserva Federal corte novamente as taxas de juros diretoras esta semana. Isso ajudou as bolsas a fixarem novos máximos históricos na semana passada.  

Top subidas

VF Corp +14,2%
Porsche AG VZ +11,5%
IBM +9,3%
Repsol +8,0%
ENI +6,7% 

Top descidas

Netflix -8,7%
BNP Paribas -8,6%
Nestlé -5,6%
Atenor -5,0%
Roche -4,4%

 

A semana em números

Europa Stoxx 600   +1,7% 
EUA S&P 500   +1,9% 
EUA Nasdaq   +2,3% 
Lisboa PSI   +1,3% 
Frankfurt DAX   +1,7% 
Londres FTSE 100   +3,1% 
Tóquio NIKKEI 225   +3,6% 

Variação das cotações entre 17/10/25 a 24/10/25, em moeda local.

 

 

O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROteste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.