Os primeiros resultados das empresas europeias e americanas superaram as expectativas, o que afastou as preocupações relacionadas com as tensões comerciais e o “fecho” do governo americano. O S&P 500 e o Stoxx Europe 600 ganham 1,7% e 0,4%.
A bolsa de Paris recuperou 3,2%, a beneficiar dos bons resultados da LVMH (+10,9%) no setor dos bens de luxo (+7,4%). Por sua vez, a L'Oréal (+5,7%) anunciou a compra da atividade de beleza da Kering (+0,2%).
A saúde da banca regional americana voltou a ser motivo de preocupação (perdas elevadas em empréstimos na Califórnia), mas os incidentes parecem limitar-se aos bancos regionais e a algumas instituições não autorizadas a recolher depósitos, pouco diversificadas e menos capitalizadas.
O setor tecnológico ganhou 1,9%, graças ao entusiasmo pela IA. Os semicondutores subiram 2,5%, a beneficiar das previsões de encomendas da ASML (+7,6%) e dos resultados da TSMC (+0,7%). Os números da Ericsson (+12,9%) e da Salesforce (+0,6%) superam as expectativas.
O preço do petróleo (-2,5%) manteve-se em queda, para os 61 dólares por barril. O mercado mundial continua bem abastecido e a Agência Internacional de Energia fala num “grande excedente” em 2026. Ainda assim, o setor ganhou 0,7%, com a TotalEnergies (+5,4%) a indicar melhorias na refinação.
O ouro continua a subir (+5,9%) e fechou nos 4242,5 dólares por onça. O setor das matérias-primas ganhou 2,1% (+29,2% desde o início do ano, em euros). Já a especulação sobre uma trégua na guerra na Ucrânia levou o setor da defesa europeu a recuar 8,1%.
Nota final para a American Express (+9,6%), que publicou lucros acima das expectativas e aumentou as metas para 2025.
Lisboa ganhou 1,2%
Enquanto aguardam pelos resultados trimestrais das empresas nacionais, os investidores continuam a “apostar” na bolsa nacional, que subiu mais 1,2% na semana.
O grupo EDP voltou a puxar pelo índice PSI e a liderar os ganhos, depois de ter divulgado dados operacionais positivos sobre a sua atividade nos primeiros nove meses do ano.
Tanto a EDP (+5%) como a EDP Renováveis (+6,1%) subiram a produção de eletricidade em 14%, graças ao aumento da capacidade instalada, sobretudo no segmento da energia solar.
A Galp (-1,1%), que apresenta resultados no dia 27de outubro, anunciou uma subida de 2% da produção de petróleo no 3.º trimestre e a duplicação da margem de refinação face ao período homólogo. Ainda assim, a queda do preço do petróleo voltou a pesar na cotação.
Números da semana
25,47%
Na OPA sobre o seu concorrente Sabadell, o banco espanhol BBVA adquiriu apenas 25,47% do capital, levando ao fracasso da aquisição, já que 30% era o limite mínimo estabelecido para prosseguir com a operação.
-9,1%
A Novo Nordisk caiu 9,1%, liderando as perdas semanais, e a Eli Lilly desceu 3,7% depois da pressão de Trump para reduzir os preços dos produtos contra os diabetes e a obesidade. As negociações com os seguros públicos Medicare e Medicaid continuam a decorrer.
Top subidas
Ericsson +12,9%
Nestlé +12,2%
Swatch +11,9%
LVMH +10,9%
American Express +9,6%
Top descidas
Novo Nordisk -9,1%
Michelin -8,2%
BAE Systems -7,6%
Vallourec -6,5%
Aegon -5,8%
A semana em números
Europa Stoxx 600 +0,4%
EUA S&P 500 +1,7%
EUA Nasdaq +2,1%
Lisboa PSI +1,2%
Frankfurt DAX -1,7%
Londres FTSE 100 -0,8%
Tóquio NIKKEI 225 -1,1%
Variação das cotações entre 10/10/25 a 17/10/25, em moeda local.
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