As bolsas mundiais, com exceção da praça de Londres (-0,6%), terminam a última semana em alta, antes da tão esperada decisão da Reserva Federal norte-americana sobre as taxas de juro. O otimismo em relação a um novo corte das taxas aumentou, após a publicação de indicadores que revelam uma deterioração do mercado de trabalho em novembro, apesar de, em contrapartida, a inflação continuar elevada.
O S&P 500 e o Nasdaq ganharam 0,5% e 1,2%, respetivamente. O setor tecnológico global progrediu 2,4% (+1,7% na Europa). A Melexis subiu 10,6%, a Texas Instruments progrediu 7,6%, a Applied Materials ganhou 5,3% e a ASML valorizou 3,9%.
A Europa seguiu a tendência positiva dos EUA, com o Stoxx Europe 600 a subir 0,5%. Zurique ganhou 1% e Frankfurt 1,9%.
O setor automóvel valorizou 5,6% na Europa. Aos poucos, a ideia de impor menos restrições relacionadas com as emissões de gases com efeito de estufa ganha força e o velho continente poderá adiar a proibição de veículos a combustão.
Trump também quer aligeirar as normas relativas aos combustíveis fosseis, que foram endurecidas durante a administração Biden. A Stellantis subiu 11,4%, a Volkswagen VZ ganhou 6,8%, a Renault valorizou 5,6% e a BMW 8,7%.
Em contrapartida, os setores mais defensivos perderam terreno, como as empresas de serviços públicos (-1,7%), as farmacêuticas (-1,6%) e as de alimentação e bebidas (-2,2%). A farmacêutica Eli Lilly caiu 5,7%.
Nota final para a Philips, que desceu 4,8%, após ter revisto em baixa as previsões de crescimento para 2026.
Lisboa mantém-se positiva
A bolsa nacional seguiu a tendência positiva das suas congéneres mundiais e ganhou 1,1% na última semana, elevando os ganhos acumulados desde o início do ano para uns expressivos 28,6%.
A semana foi relativamente calma e sem notícias muito relevantes a nível empresarial, com o BCP (+3,9%) a liderar os ganhos e a fixar um novo máximo desde agosto de 2015. O pódio das subidas foi fechado pela EDP Renováveis (+3,6%) e pelos CTT (+3,1%).
A Sonae (+2,5%) foi outro dos títulos que deu gás ao índice PSI, depois de anunciar que a finlandesa Musti, detida em mais de 80% pelo grupo, adquiriu à Modelo Continente a marca ZU, que opera, tal como a Musti, no retalho de produtos e cuidados para animais de estimação.
Tratou-se apenas de integrar dois negócios similares, embora operando em mercados diferentes, que já pertenciam ao universo do grupo.
Números da semana
40%
A Galp vendeu 40% da exploração petrolífera na Namíbia (tinha 80%) à TotalEnergies, que passará a ser o operador do projeto, dividindo com a Galp os seus custos. Em troca, a Galp recebe duas participações de 10% e 9,4% noutras descobertas na região. As ações da Galp estão a cair, já que não há contrapartidas financeiras imediatas.
72 mil MD
Valor que a Netflix acordou pagar pela compra dos estúdios e do streaming da Warner Bros. Entretanto, a Paramount avançou com uma OPA hostil sobre a totalidade da empresa por 108,4 mil MD, procurando superar a oferta da Netflix.
Top subidas
Bayer +14,4%Stellantis +11,4%
Melexis +10,6%
Inditex +9,4%
BMW +8,7%
Top descidas
Netflix -11,3%Zoetis -7,1%
Harley-Davidson -6,9%
Procter & Gamble -6,2%
Diageo -5,9%
A semana em números
Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +0,5%
EUA S&P 500 +0,5%
EUA Nasdaq +1,2%
Lisboa PSI +1,1%
Frankfurt DAX +1,9%
Londres FTSE 100 -0,6%
Tóquio NIKKEI 225 +2,6%
Variação das cotações entre 01/12/25 a 08/12/25, em moeda local.
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