O S&P 500 e o Nasdaq caíram 1,5% e 2,2% na última semana, com o setor tecnológico a perder 3,4%. O segmento de semicondutores caiu 5,2%. As empresas que se destacaram recentemente no setor da inteligência artificial perderam valor. Foram os casos da Nvidia (-7,3%) e da Microsoft (-5,5%). A Intel desvalorizou 7,3%.
Na Europa, o Stoxx Europe 600 não escapou ao pessimismo e recuou 1,2%. Contudo, os danos foram mais limitados graças a setores mais defensivos, como a alimentação e bebidas (+1,2%) e as empresas de serviços públicos (+0,3%). A Engie (+4,9%) aumentou as previsões do resultado operacional e do resultado líquido recorrente.
A Bitcoin negociou abaixo dos 100.000 dólares por alguns momentos, o que é mais um sinal do aumento da aversão ao risco.
O setor automóvel europeu (+1%) respirou de alívio após os resultados da BMW (+3,6%) terem sido bem recebidos pelos investidores. A Mercedes-Benz valorizou 3,1%.
As ações europeias de telecomunicações caíram 3,2%, pressionadas pela queda da Telefónica (-18,5). A Vodafone (-4,6%) também fechou em queda.
Grupo EDP penaliza bolsa nacional
Depois de várias semanas em alta, a bolsa de Lisboa acompanhou a correção das suas congéneres mundiais e perdeu 0,8% na última semana.
Para esta queda, muito contribuiu o grupo EDP, que anunciou resultados e novas metas estratégicas até 2028, que, globalmente, desiludiram um pouco.
A casa mãe EDP (-5,6%) viu os lucros caírem 12%, em linha com o esperado, mas as metas anunciadas para o triénio 2026-2028 são muito prudentes e pouco entusiasmantes.
Por sua vez, o lucro da EDP Renováveis (-3%) desceu 49% até setembro, devido a ganhos obtidos com rotações de ativos em 2024. Para o futuro, a empresa prevê que o lucro duplique entre 2025 e 2028, embora este último valor seja apenas idêntico ao registado em 2022.
A liderar as perdas esteve a Corticeira Amorim (-8,5%), que anunciou uma queda dos lucros superior ao esperado. Pela positiva, realce para CTT (+6,3%) e para o BCP (+3,7%), a beneficiar dos seus resultados terem sido bem recebidos.
Números da semana
6% e 8%
Crescimento acumulado do EBITDA e do lucro líquido, respetivamente, previsto pela EDP para o período 2025-2028. As novas metas anunciadas pelo grupo não consubstanciam alterações estratégicas, como se esperava, mas ficam um pouco aquém do esperado.
+24,8%
A beneficiar sobretudo dos cortes de taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, as empresas europeias de serviços públicos acumulam um ganho de 24,8% desde o início do ano.
Top subidas
Teva Pharma +22,1%Eli Lilly +11,0%
Deutsche Post +9,1%
Amazon.com +9,1%
CTT +6,3%
Top descidas
Bpost -18,6%Telefónica -18,5%
Zoetis -17,0%
Melexis -12,3%
Corticeira Amorim -8,5%
A semana em números
Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -1,2%
EUA S&P 500 -1,5%
EUA Nasdaq -2,2%
Lisboa PSI -0,8%
Frankfurt DAX -1,6%
Londres FTSE 100 -0,3%
Tóquio NIKKEI 225 -0,9%
Variação das cotações entre 30/10/25 a 06/11/25, em moeda local.
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