Artigos

A caminho de uma correção bolsista?

melhores fundos

As empresas que se destacaram recentemente na inteligência artificial perderam valor

Publicado em: 07 novembro 2025
Tempo estimado de leitura: ##TIME## min.

Partilhe este artigo

melhores fundos

As empresas que se destacaram recentemente na inteligência artificial perderam valor

As elevadas avaliações das principais ações tecnológicas provocaram correções nas bolsas recentemente.
As questões relacionadas com as elevadas avaliações das principais ações tecnológicas provocaram correções nas bolsas nos últimos dias. Esta queda até pode ser benéfica, uma vez que a realização de mais-valias após as fortes subidas recentes permite ao mercado respirar e que os investidores adequem os investimentos à sua tolerância ao risco. 

O S&P 500 e o Nasdaq caíram 1,5% e 2,2% na última semana, com o setor tecnológico a perder 3,4%. O segmento de semicondutores caiu 5,2%. As empresas que se destacaram recentemente no setor da inteligência artificial perderam valor. Foram os casos da Nvidia (-7,3%) e da Microsoft (-5,5%). A Intel desvalorizou 7,3%. 

Na Europa, o Stoxx Europe 600 não escapou ao pessimismo e recuou 1,2%. Contudo, os danos foram mais limitados graças a setores mais defensivos, como a alimentação e bebidas (+1,2%) e as empresas de serviços públicos (+0,3%). A Engie (+4,9%) aumentou as previsões do resultado operacional e do resultado líquido recorrente. 

A Bitcoin negociou abaixo dos 100.000 dólares por alguns momentos, o que é mais um sinal do aumento da aversão ao risco. 

O setor automóvel europeu (+1%) respirou de alívio após os resultados da BMW (+3,6%) terem sido bem recebidos pelos investidores. A Mercedes-Benz valorizou 3,1%. 

As ações europeias de telecomunicações caíram 3,2%, pressionadas pela queda da Telefónica (-18,5). A Vodafone (-4,6%) também fechou em queda. 

Grupo EDP penaliza bolsa nacional   

Depois de várias semanas em alta, a bolsa de Lisboa acompanhou a correção das suas congéneres mundiais e perdeu 0,8% na última semana.

Para esta queda, muito contribuiu o grupo EDP, que anunciou resultados e novas metas estratégicas até 2028, que, globalmente, desiludiram um pouco.

A casa mãe EDP (-5,6%) viu os lucros caírem 12%, em linha com o esperado, mas as metas anunciadas para o triénio 2026-2028 são muito prudentes e pouco entusiasmantes.

Por sua vez, o lucro da EDP Renováveis (-3%) desceu 49% até setembro, devido a ganhos obtidos com rotações de ativos em 2024. Para o futuro, a empresa prevê que o lucro duplique entre 2025 e 2028, embora este último valor seja apenas idêntico ao registado em 2022. 

A liderar as perdas esteve a Corticeira Amorim (-8,5%), que anunciou uma queda dos lucros superior ao esperado. Pela positiva, realce para CTT (+6,3%) e para o BCP (+3,7%), a beneficiar dos seus resultados terem sido bem recebidos.  

Números da semana

6% e 8%   

Crescimento acumulado do EBITDA e do lucro líquido, respetivamente, previsto pela EDP para o período 2025-2028. As novas metas anunciadas pelo grupo não consubstanciam alterações estratégicas, como se esperava, mas ficam um pouco aquém do esperado.

+24,8%   

A beneficiar sobretudo dos cortes de taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, as empresas europeias de serviços públicos acumulam um ganho de 24,8% desde o início do ano. 

Top subidas

Teva Pharma +22,1%
Eli Lilly +11,0%
Deutsche Post +9,1%
Amazon.com +9,1%
CTT +6,3%

Top descidas

Bpost -18,6%
Telefónica -18,5%
Zoetis -17,0%
Melexis -12,3%
Corticeira Amorim -8,5%

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -1,2% 
EUA S&P 500 -1,5% 
EUA Nasdaq -2,2% 
Lisboa PSI -0,8% 
Frankfurt DAX -1,6% 
Londres FTSE 100 -0,3% 
Tóquio NIKKEI 225 -0,9% 

Variação das cotações entre 30/10/25 a 06/11/25, em moeda local.

O conteúdo deste artigo pode ser reproduzido para fins não-comerciais com o consentimento expresso da DECO PROteste, com indicação da fonte e ligação para esta página. Ver Termos e Condições.