A iminência do anúncio dos resultados da Nvidia, a última grande empresa a publicar as suas contas, levou os investidores a manterem-se cautelosos durante boa parte da semana. Após a divulgação, o sentimento foi de alívio, com os números da Nvidia a serem bons e a tranquilizarem os investidores, já que a procura pelos seus chips, fundamentais para a inteligência artificial, mantém-se forte.
O Nasdaq ganhou 1,7% na semana passada, o mesmo valor que o índice S&P 500. Na Europa, os ganhos voltaram a ser inferiores, com o Stoxx Europe 600 a valorizar 1,1%.
O setor tecnológico americano progrediu 1,4%, com a IBM a ganhar 8,8%, a Autodesk a valorizar 7,4% e a Check Point Software a subir 4,3%. Por sua vez, o segmento de semicondutores ganhou apenas 0,3% a nível mundial, após a STMicroelectronics ter atrasado os seus objetivos financeiros.
O agravamento das tensões entre a Rússia e a Ucrânia reforçou a cautela dos investidores na Europa. Aproveitando as tensões internacionais, o setor europeu da defesa (+1,8%) fechou no verde, apesar da Thales ter recuado 2,1%, já que está sob investigação no Reino Unido e em França por corrupção na Ásia.
Pela positiva, realce para os setores das matérias-primas (+3%), automóvel (+8,2% mas -3% na Europa) e energia (+2,2%).
O Departamento de Justiça dos EUA pediu a um juiz federal que obrigue a Google, detida pela Alphabet A (-4,5%), a vender o seu browser Chrome como solução para o caso do monopólio nos motores de busca.
Nas farmacêuticas (+1,5%), a Novartis (+2,1%) beneficiou do aumento da previsão de vendas para 2028. A Teva ganhou 4,2% e a Merck valorizou 3%. Por fim, a Zurich Insurance subiu 4,5% após anunciar objetivos fortes para 2025-2027.
Lisboa em queda ligeira
A bolsa nacional perdeu 0,3% na semana passada, com as variações das cotações a serem pouco significativas. A Navigator e a EDP Renováveis lideraram as quedas, após uma desvalorização de 3,8% cada uma. Ao invés, os CTT (+2,9%) e a Novabase (+2,6%) foram as empresas que mais subiram.
A nível de resultados, a Mota-Engil (-0,9%) anunciou um aumento dos lucros de 51% até setembro, ainda assim, um valor inferior ao esperado. O mesmo aconteceu com a Altri (-2,2%), cujos lucros cresceram 218% em termos homólogos, mas ficaram aquém das expectativas.
Nota final para a GreenVolt, que foi alvo da esperada OPA potestativa da americana KKR, pelo que deixou de estar cotada em bolsa e saiu da nossa seleção de ações.
Números da semana
99 395 dólares
Novo máximo histórico, fixado na semana passada, para a cotação da Bitcoin, que já está muito perto dos 100 mil dólares, a beneficiar da perspetiva de uma menor regulação após a eleição de Donald Trump.
0,9595 euros
O dólar americano tem ganho terreno face ao euro e já está muito perto dos 0,96 euros. A perspetiva de eleição de Donald Trump e depois a sua confirmação deram gás à nota verde, que fixou um novo máximo desde novembro de 2022 e acumula uma valorização de 7,1% nos últimos três meses e de 4,4% desde o início de novembro.
Top subidas
Radius Recycling +14,0%
Tesla +9,9%
GIMV +8,8%
IBM +8,8%
DEME Group +7,8%
Top descidas
Porsche AG VZ -8,6%
Kion Group -6,7%
Bpost -6,5%
BNP Paribas -5,3%
Santander -4,6%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +1,1% |
EUA S&P 500 | +1,7% |
EUA Nasdaq | +1,7% |
Lisboa PSI | -0,3% |
Frankfurt DAX | +0,6% |
Londres FTSE 100 | +2,5% |
Tóquio NIKKEI 225 | -0,9% |
Variação das cotações entre 15/11/24 a 22/11/24, em moeda local.
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