Os dados económicos anunciados nos Estados Unidos desiludiram os investidores. Os pedidos de subsídio de desemprego aumentaram e o índice de preços no consumidor (+2,4%) subiu um pouco mais do que o esperado (+2,3%) em setembro. Este valor poderá encorajar a Fed a moderar a sua política de flexibilização monetária face a uma inflação resiliente.
Acreditamos que ocorrerá em breve uma redução de 0,25% das taxas de juro, mas o cenário de um corte de 0,5% parece excluído. Ainda assim, o S&P 500 e o Dow Jones ganharam 1,1% e 1,2% e fixaram novos máximos históricos graças aos bons resultados trimestrais das empresas.
As tecnológicas americanas ganharam 2%, com o segmento de semicondutores a subir 5,4%. A Check Point valorizou 7,5% e ganha 37,7% desde o início do ano (em euros). Ao invés, a Alphabet perdeu 2,4%, já que as autoridades americanas ponderam desmantelar o grupo, que é dono da Google.
A Nvidia subiu 7,9%, depois do seu CEO se ter mostrado otimista quanto à capacidade da empresa melhorar o desempenho dos seus chips de IA. Segundo ele, ainda não vimos nada em termos de inovação em IA.
Na Europa, o Stoxx Europe 600 subiu 0,7%, apesar de ter sido condicionado pelo clima de abrandamento económico. O otimismo gerado pelas medidas de estímulo na China desvaneceu-se e está a dar lugar a dúvidas. Zurique subiu 1,3% e Tóquio ganhou 2,5%.
O preço do petróleo (-0,2%) caiu ligeiramente durante a semana apesar das tensões no Médio Oriente. O mercado continua bem abastecido e a procura cresce pouco. Ilustrando a falta de dinamismo da procura, a BP (-1,8%) e a Shell (+0,4%) reportaram margens de refinação baixas. Pela negativa, o setor da defesa caiu 0,6%, as empresas de matérias-primas desceram 1,1% e as utilities perderam 2,1%.
Lisboa volta a sorrir
Com o BCP (+9%) em grande destaque, após ter liderado os ganhos e fixado um novo máximo desde maio de 2016, a bolsa nacional regressou a terreno positivo na semana passada ao valorizar 1,6%. Pela positiva, realce ainda para os ganhos de 3% da Jerónimo Marins e de 2,6% da Semapa, que fecharam o pódio das subidas.
A Sonae (+0,3%) reforçou a sua expansão internacional, ao adquirir a PetCity, que detém 46 lojas de retalho e 16 clínicas veterinárias na Estónia, Letónia e Lituânia.
Ao invés, o grupo EDP voltou a impedir uma maior valorização do índice PSI, com a EDP Renováveis a recuar 1,6% e a EDP a cair 1%. Já esta segunda-feira, a Galp Energia (-0,3%) anunciou dados operacionais do terceiro trimestre relativamente fracos.
Números da semana
Mil milhões
O investidor ativista Starboard Value adquiriu mil milhões de dólares em ações da Pfizer. A operação representa 0,6% da capitalização bolsista do grupo, cujas ações subiram apenas 2% desde o início de 2024 (em euros). Porém, a boa carteira de produtos em desenvolvimento deixa-nos confiantes.
5815,03
O S&P 500, principal índice bolsista norte-americano voltou a fixar um novo máximo histórico nos 5815,03 pontos e já acumula um ganho de 23,1% desde o início do ano (em euros), o que mostra bem o dinamismo dos mercados americanos.
Top subidas
BCP +9,0%
Nvidia +7,9%
Check Point +7,5%
Renault +6,4%
Novo Nordisk B +5,4%
Top descidas
Tesla -12,9%Bayer -11,9%
Euroapi -8,5%
Aperam -7,7%
Telecom Italia -5,9%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,7% |
EUA S&P 500 | +1,1% |
EUA Nasdaq | +1,1% |
Lisboa PSI | +1,6% |
Frankfurt DAX | -1,3% |
Londres FTSE 100 | -0,3% |
Tóquio NIKKEI 225 | +2,5% |
Variação das cotações entre 04/10/24 a 11/10/24, em moeda local.
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