A última semana de março foi positiva nos principais mercados de ações. A convicção crescente de que os bancos centrais vão cortar as taxas em breve incentiva a assunção de riscos e permite que os mercados avancem, com um ganho de 0,5% para o S&P 500 e de 0,6% para o Stoxx Europe 600. Frankfurt avançou 1,3%, enquanto o Nikkei teve uma queda de 1,5%. Os mercados de ações continuam a subir com um VIX de ações dos EUA (índice de volatilidade, também conhecido como o "índice do medo") em níveis baixos. A fraqueza do VIX reflete a falta de medo por parte dos investidores.
Os setores mais defensivos, que têm sido negligenciados, valorizaram, com um aumento de 0,7% no setor farmacêutico e 0,3% no setor alimentar europeu, onde a Bell Food (comprar) ganhou 1,3%. O grupo farmacêutico Merck subiu 4,5% após a aprovação de um tratamento para uma doença pulmonar rara. O setor de retalho na Europa pulou 3,1% e fecha o mês com uma variação de +10,3%, após alguns bons resultados, como os divulgados pela H&M. Também o setor das matérias-primas está em alta, com uma subida de 1,7%.
Com a realização de mais valias no setor dos semicondutores (-1,4%), a Nvidia perdeu 4,9% e a ASML 2,3%. O setor tecnológico ficou equilibrado (-0,2%), com destaque para a queda de 2,3% da Meta e valorização de 3,6% da Alphabet A.
Lisboa continua no verde
A bolsa nacional (+1,3%) valorizou pela segunda semana consecutiva. Algumas cotadas apresentaram variações negativas. A liderar as quedas da semana, a Mota-Engil (-1,1%) já caiu 17% em um mês e continua a corrigir da forte valorização do último ano. A Jerónimo Martins (-0,8%) e a EDPR (-0,2%) seguiram a tendência negativa da semana anterior, por fim, também o grupo CTT caiu (-0,8; ver pág. 6).
Por sua vez, a GreenVolt (-0,1%) apresentou os lucros de 2023, que foram de 1,2 ME e ficaram abaixo do previsto. O esperado aumento dos custos financeiros (subida da dívida e do seu custo médio) pesou nos resultados, que foram ainda afetados pelo aumento dos custos resultante da expansão da atividade. Apesar disso, a cotação da GreenVolt continua bastante estável, pois está sustentada pela OPA que oferece 8,3 euros por ação. Nas subidas, destaque para o BCP (+5,8%), Impresa (+3,1%), Altri (+3,1%), Corticeira Amorim (+2,9%) e NOS (+2,2%). No setor energético, a EDP (+1,6%) e a Galp (+0,9%) voltaram a terreno positivo depois de perdas na semana anterior.
Números da semana
+2,2%
Os economistas preveem agora que a economia americana cresça 2,2% em 2024, face a apenas 1,4% no início do ano. A subida das taxas de juro está a ter um impacto menor do que o previsto, com exceção do sector imobiliário. Além disso, o aumento esperado do desemprego não se verificou.24%
A queda de 24% da cotação da Boeing desde o inico do ano culmina agora no despedimento do responsável operacional e saída do CEO. A nova direção terá a difícil tarefa de voltar aos lucros após 5 anos de prejuízos. Fique afastado.
Top subidas
Hennes-Mauritz +15,0%
Trigano +12,8%
Radius A +9,9%
Intel +6,4%
Bayer +5,9%
Top descidas
Nvidia -4,9%ACS -3,2%
Stellantis -3,0%
Atlas Copco A -2,8%
Schneider E -2,5%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,6% |
EUA S&P 500 | +0,5% |
EUA Nasdaq | +0,1% |
Lisboa PSI | +1,3% |
Frankfurt DAX | +1,3% |
Londres FTSE 100 | +0,4% |
Tóquio NIKKEI 225 | -1,5% |
Variação das cotações entre 25/03/24 a 01/04/24, em moeda local.
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