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Várias bolsas europeias em máximos

Publicado em:  18 março 2024
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Várias bolsas europeias fixaram novos máximos, como foram os casos de Frankfurt e Paris.

O anúncio de um aumento superior ao esperado dos preços no produtor nos EUA em fevereiro, que reduz a probabilidade de um corte das taxas de juro, por parte da Reserva Federal, em junho, pesou sobre Wall Street. O S&P 500 desvalorizou 0,1% e o Nasdaq recuou 0,7%. Na Europa, o Stoxx Europe 600 subiu 0,3%, com várias bolsas a fixarem novos máximos, como foram os casos de Frankfurt (+0,7%) e Paris (+1,7%).

O setor energético (-0,1%) não beneficiou com a subida de 4% do preço do barril de petróleo, que atingiu o valor mais elevado desde novembro, na sequência do aumento das previsões de crescimento da procura e de redução da oferta para 2024 por parte da Agência Internacional de Energia (AIE).

O setor dos semicondutores (-2,7%), particularmente sensível ao nível das taxas de juro, foi alvo da realização de mais-valias após os ganhos substanciais das últimas semanas. A Intel caiu 3,1%, enquanto se aguarda o anúncio iminente por parte das autoridades americanas sobre o montante dos subsídios que lhe serão concedidos para a construção de novas fábricas em território norte-americano.

Na Europa, o setor da distribuição esteve em destaque, com uma valorização de 8,8%, após os fortes resultados apresentados pela retalhista de moda online Zalando e pela espanhola Inditex, proprietária da gigante do vestuário “Zara”.

Nova queda ligeira em Lisboa

A bolsa nacional recuou 0,4% na semana passada e já acumula uma perda de 4,2% desde o início do ano, em claro contraciclo com as suas congéneres europeias.

Devido à maior probabilidade dos primeiros cortes de taxas de juro ocorrerem um pouco mais tarde, o grupo EDP voltou a ser um dos principais responsáveis pela queda do índice PSI. A EDP Renováveis liderou as perdas, ao descer 7,1%, e a EDP caiu 4,8%.

A Jerónimo Martins (-5,6%) foi outro dos títulos penalizados, devido à perspetiva de maior pressão sobre as margens em 2024.

Ainda do lado das quedas, realce para a correção da Mota-Engil (-4,8%) e para a desvalorização de 3,1% da REN.

A nível de resultados, o lucro anual da Sonae (+0,4%) subiu 6,4% e ficou um pouco acima do previsto, com o grupo a beneficiar dos bons números da Modelo Continente e de mais-valias com vendas de ativos.

A liderar os ganhos da semana esteve a Galp Energia (+5%) que, depois de anunciar nova descoberta de petróleo na Namíbia, fixou novo máximo desde janeiro de 2020.

Por sua vez, o BCP subiu 4,3%, após ser alvo de boas recomendações de investimento.

Números da semana

1600 mil MD

1600 mil milhões de dólares é o novo recorde mundial para o montante de dividendos pagos em 2023, prevendo-se que possa atingir 1720 mil MD em 2024. Aproveitando a melhoria da rentabilidade e das perspetivas de crescimento, cerca de 9 em cada 10 empresas mantiveram ou subiram os dividendos face a 2022 

17.965,11

Valor do novo máximo histórico fixado pelo índice bolsista mundial MSCI World na passada terça-feira, o que mostra a confiança dos investidores no desempenho das economias e da atividade das empresas.

Top subidas

Adidas +8,4%
Renault +8,2%
Porsche +7,6%
Agfa-Gevaer +7,2%
Harley-Davidson +6,6%
 

Top descidas

Euroapi -20,6%
VF Corp -8,2%
ASML -7,1%
EDP Renováveis -7,1%
Tesla -6,7%

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +0,3% 
EUA S&P 500 -0,1% 
EUA Nasdaq -0,7% 
Lisboa PSI -0,4% 
Frankfurt DAX +0,7% 
Londres FTSE 100 +0,9% 
Tóquio NIKKEI 225 -2,5% 

 

Variação das cotações entre 08/03/24 a 15/03/24, em moeda local.

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