Numa das semanas mais ricas ao nível da divulgação de resultados e indicadores económicos, as bolsas fecharam sem uma tendência definida. O S&P 500 subiu 1,4%, apesar da Reserva Federal ter descartado um primeiro corte das taxas de juro em março, dado que a criação de empregos em dezembro superou o previsto e aguardam-se mais dados sobre a descida da inflação. Na Europa, o Stoxx Europe 600 fechou inalterado. Amesterdão valorizou 0,6%, ao contrário de Zurique, que perdeu 1,3%.
Os investidores também estiveram atentos aos diversos resultados das empresas que foram anunciados. As cotações já incorporam algumas boas notícias, pelo que houve a realização de algumas mais-valias, sobretudo quando os resultados não corresponderam às expectativas, como foram os casos da Alphabet (-6,7%) ou da AMD (+0,2%). A Microsoft subiu 1,8% após uma reação inicial negativa da cotação.
A Apple (-3,4%) dececionou um pouco, ao passo que a Amazon (+8%) e a Meta (+20,5%) não desiludiram. A dona do Facebook anunciou até o seu primeiro dividendo (0,5 dólares), um programa de recompra de ações próprias de 50 mil milhões e bons resultados trimestrais.
O setor automóvel europeu subiu 3,5%, após a Renault (+3,3%) anunciar o cancelamento do IPO da sua divisão de automóveis elétricos e as boas perspetivas da General Motors (+10,6%). Muito ativa nos Estados Unidos, a Stellantis ganhou 8,8%. A Volkswagen VZ valorizou 3,9%.
Nota final para a queda de 0,7% do setor financeiro europeu após publicações fracas do BNP Paribas (-10,4%) e do ING (-7%).
Lisboa novamente em queda
A bolsa nacional (-0,3%) voltou a fechar em queda (ligeira) na semana passada. Numa altura em que os investidores aguardam a época de divulgação dos resultados das empresas nacionais, que terá início para a semana, as variações das cotações foram pouco significativas. A maioria dos títulos fechou no vermelho, com exceção da Jerónimo Martins (+5,6%), Cofina (+3,1%), que beneficiou das boas audiências da CMTV, Mota-Engil (+1,6%) e CTT (+0,1%).
Do lado das perdas, a Navigator (-3,2%) e a NOS (-3%) foram as mais penalizadas.
Já esta segunda-feira, a Sonae (-1,4%) anunciou que está em negociações exclusivas para adquirir 89% da francesa Diorren, especializada na produção de ingredientes para a indústria da nutrição, por 152 milhões de euros. A compra insere-se na estratégia do grupo de aposta na alimentação sustentável e saudável.
Números da semana
2,2%
Portugal liderou os países da zona euro em termos de crescimento económico no quarto trimestre de 2023, com uma subida de 2,2%. A zona euro teve um crescimento nulo nos últimos três meses e evitou por pouco uma recessão técnica. No total do ano, Portugal cresceu 2,3% e a zona euro 0,5%.2,8%
A inflação na zona euro desacelerou ligeiramente para 2,8% em janeiro face a 2,9% em fevereiro. Apesar da trajetória descendente, mantêm-se as dúvidas quanto ao timing de descida das taxas de juro pelo BCE.
Top subidas
Meta Platforms +20,5%Ferrari +11,0%
BBVA+10,8%
Stellantis +8,8%
Amazon.com +8,0%
Top descidas
H&M B -14,1%Bayer -11,2%
Euroapi -11,0%
BNP Paribas -10,4%
Philips -8,1%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,0% |
EUA S&P 500 | +1,4% |
EUA Nasdaq | +1,1% |
Lisboa PSI | -0,3% |
Frankfurt DAX | -0,3% |
Londres FTSE 100 | -0,3% |
Tóquio NIKKEI 225 | +1,1% |
Variação das cotações entre 26/01/24 a 02/02/24, em moeda local.
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