Os reveses do mercado imobiliário chinês pesam sobre a economia e a confiança das famílias, mas arriscam-se também a pôr em causa a estabilidade do setor financeiro chinês, altamente exposto ao imobiliário.
Para evitar que os bancos mais frágeis contagiem o setor, Pequim está a preparar um fundo de várias dezenas de milhares de milhões de euros. Um mecanismo semelhante ao Fundo Único de Resolução que opera na União Europeia.
O objetivo é envolver todos os bancos do país e outros intervenientes financeiros, mas com o banco central chinês pronto a reforçar o fundo se necessário com empréstimos em condições muito favoráveis.
Com a criação deste fundo, o governo central assume a responsabilidade de resgatar os agentes do setor financeiro, tarefa que era dos governos locais. É mais um passo na política de pequenos avanços que Pequim tem optado por seguir. Apesar dos desafios do país, o mercado acionista da China mantém-se atrativo.