Apesar do fim das taxas diretoras negativas, o diferencial de juros entre o Japão e o resto do mundo continua a ser considerável e o iene não está a captar interesse dos investidores. Para já, as autoridades japonesas contentam-se em intervir verbalmente, sublinhando que estão dispostas a suportar o iene se este enfraquecer demasiado. Não seria a primeira vez.
No entanto, a subvalorização do iene agrada aos exportadores japoneses, que assim beneficiam de maior competitividade. A bolsa de Tóquio também lucra, como confirma o excelente desempenho das últimas semanas. Porém, mais cedo ou mais tarde, o diferencial de taxas de juro que separa o Japão do Ocidente será reduzido, pelo menos em parte, o que deve impulsionar o valor da moeda nipónica.
Para já, está fortemente subvalorizada face ao euro, tornando os ativos financeiros locais relativamente mais baratos. Este é um dos motivos que nos leva a recomendar fundos de ações japonesas e de obrigações denominadas em ienes.