A agência Fitch baixou a perspetiva de rating da China, de neutra para negativa. Ou seja, a notação continua em A+, mas pode ser reduzida no futuro. A mudança não é novidade, uma vez que a Moody's já tinha feito o mesmo em dezembro. As razões apontadas pela Fitch assentam na ideia que Pequim irá aumentar o endividamento na tentativa de impulsionar uma economia debilitada, sobretudo pelos graves problemas no setor imobiliário. O governo chinês contestou a decisão, referindo que a Fitch deveria considerar que o impulso ao crescimento propiciado pela dívida ajudará também a estabilizar o rácio da dívida/PIB.
A confirmar as dificuldades da procura interna e a falta de confiança das famílias, a inflação permanece muito baixa (apenas 0,1% em março). O excesso de capacidade de produção também reforça os efeitos deflacionistas. Pior, as últimas estatísticas do comércio externo também não são tranquilizadoras. Em março, as exportações caíram 7,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.