Um dos destaques do primeiro trimestre é o novo recorde da carteira de encomendas, que alcançou os 14 mil milhões de euros (ME). De acordo com o grupo, 2,6 mil ME em contratos foram adjudicados apenas no primeiro trimestre deste ano, o que assegura um fluxo constante de novos projetos. Além disso, a 23 de maio, dois dias após a divulgação do Trading update, a Mota-Engil informou que lhe foram adjudicados novos contratos no valor de 350 ME na América Latina.
Nos primeiros três meses do ano, o volume de negócios teve um crescimento homólogo de 7% e fixou-se nos 1,352 ME, já o EBITDA cresceu 22% para 196 ME. A margem EBITDA aumentou para 15%, uma melhoria em relação aos 13% registados no mesmo período do ano anterior. Este crescimento gradual das margens está em linha com as metas estabelecidas para 2026.
Os lucros cresceram 54%, atingindo os 20 milhões de euros (0,07 euros por ação). Este resultado reforça a tendência positiva já observada em períodos anteriores e vem confirmar a eficácia da estratégia da empresa.
A relação dívida líquida/EBITDA continua abaixo de 2x, enquanto a relação dívida bruta/EBITDA permanece abaixo de 4x. No entanto, neste Trading update, a empresa não divulga o valor atual da dívida. Nos últimos resultados anuais, verificámos que apesar do rácio dívida líquida /EBITDA ter melhorado em virtude do aumento do EBITDA, a dívida aumentou para 1 125 ME. Seria importante para a Mota-Engil aliar a melhoria das margens à redução daquele que tem sido um dos seus calcanhares de Aquiles, os elevados níveis de dívida.
Conselho
O foco em projetos de grande dimensão tem permitido não apenas expandir a carteira de encomendas, mas também melhorar as margens. Vejamos se a tendência se confirma com a divulgação dos resultados do 1º Semestre a 28 de Agosto. Não alteramos as estimativas de lucros de 0,4 euros em 2024 e 0,44 em 2025. Mantenha o título em carteira.