Setor farmacêutico: resultados e conselhos
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
O setor farmacêutico valorizou após o anúncio do acordo entre a Pfizer e a administração Trump.
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
O setor farmacêutico valorizou após o anúncio do acordo entre a Pfizer e a administração Trump.
A Roche dececionou ao ser penalizada pela valorização do franco suíço, embora as suas vendas, em alta de 6% (excluindo efeitos cambiais), continuem dinâmicas. Além disso, o impacto negativo dos biossimilares será menos acentuado do que o previsto.
A Merck registou vendas do Keytruda e do Winrevair (proveniente da aquisição da Acceleron Pharma) aquém das estimativas. Ainda assim, o crescimento do Keytruda compensou a queda das vendas do Gardasil na China, permitindo que o volume de negócios avançasse.
A Novartis registou um resultado operacional dececionante. Estamos mais prudentes para esta ação, uma vez que o crescimento abranda com a concorrência dos genéricos. Por isso, alterámos recentemente o conselho da Novarits.
A Novo Nordisk continua a enfrentar dificuldades. O grupo dinamarquês reviu em baixa as previsões de vendas e de lucros. Os resultados foram inferiores ao esperado, penalizados pela concorrência e pela pressão sobre os preços dos seus tratamentos contra a diabetes e a obesidade.
Por seu turno, a Sanofi superou as previsões, com as vendas a crescer 7% (sem efeitos cambiais), apesar da queda na área das vacinas. As perspetivas para 2025 foram confirmadas, assim como o forte aumento previsto dos lucros nesse ano.
A GSK apresentou um volume de negócios em alta de 8% (sem efeitos cambiais) graças aos medicamentos. A farmacêutica britânica adota agora uma postura mais otimista e reviu as suas perspetivas em alta.
Os resultados da Eli Lilly foram impulsionados pelo Mounjaro e pelo Zepbound, os seus medicamentos contra a diabetes e a obesidade.
A Pfizer beneficiou da forte procura pelo seu anticoagulante Eliquis.
A Teva registou o 11.º trimestre consecutivo de crescimento, sustentado pelos produtos patenteados, e reviu as previsões em alta.
A Gilead apresentou resultados mistos. As vendas (Veklury e fármacos oncológicos) ficaram aquém das previsões, mas os lucros superaram as expectativas, beneficiando de uma taxa de imposto mais favorável.
Este ano, o setor foi penalizado pela ameaça de elevadas tarifas norte-americanas destinadas a baixar os preços dos medicamentos e a relocalizar a produção para os Estados Unidos.
Contudo, a pressão diminuiu no terceiro trimestre após um primeiro acordo celebrado pela Pfizer com a administração Trump. Ainda assim, os resultados trimestrais mostraram-se bastante díspares consoante a situação específica de cada farmacêutica.