Segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento disponível das famílias aumentou 1,4% comparativamente ao trimestre anterior e a despesa de consumo final aumentou 4,1% (2,3% no trimestre anterior), determinando uma redução da taxa de poupança para 8,3% (era 10,7% no trimestre anterior).
Depois de ter atingido o valor mais elevado deste século (14,3%), precisamente um ano antes, a taxa de poupança iniciou um trajeto de queda acentuada em direção a valores próximos do período pré-pandemia, como se pode ver no gráfico.
Com os atuais níveis de inflação e a consequente subida dos preços dos bens e as prestações dos créditos a aumentar devido à subida das taxas de juro, a margem de poupança das famílias será cada vez menor. Por isso, é provável que nos próximos trimestres se atinjam ainda valores mais baixos.
Taxa de poupança das familias portuguesas (valores trimestrais, dados do INE)

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