Artigo Fundos PPR e fundos de pensões

Qual o PPR ideal para cada idade?

PPR idade

Quanto mais distante estiver da reforma, mais poderá arriscar e beneficiar do efeito de capitalização no longo prazo.

Publicado em: 25 junho 2025
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PPR idade

Quanto mais distante estiver da reforma, mais poderá arriscar e beneficiar do efeito de capitalização no longo prazo.

Os PPR não são todos iguais. Conheça as diferenças entre fundos PPR e seguros PPR, e escolha o mais adequado para o seu perfil de risco. 

Nem todos os planos de poupança-reforma são iguais. Podem assumir a forma de seguros, fundos de investimento ou de pensões. Para garantir um futuro tranquilo, convém subscrever um produto adequado ao seu perfil de risco. Motivo pelo qual deve analisar muito bem, no momento de escolher, as condições do produto e as comissões associadas.

O que são fundos PPR?

Os fundos são geridos por sociedades gestoras de fundos de investimento, e investem uma parte da carteira em ações. Quanto maior a componente em ações, maior é o risco, mas também a possibilidade de valorizações mais elevadas. 

À semelhança dos restantes fundos mobiliários, são expressos em unidades de participação, cujo valor vai mudando consoante a evolução do mercado de capitais. Em geral, os fundos PPR não garantem o capital, mas há algumas exceções.

O que são seguros PPR?

São geridos por seguradoras, e a maior parte tem capital garantido e rendimento mínimo. Mas, como não há regra sem exceção, existem também seguros PPR sem capital garantido ou rendimento mínimo, e fundos PPR com o capital seguro. Os PPR sob a forma de seguro são os mais populares e representam cerca de 70% do mercado de PPR.

Muitas vezes os PPR são confundidos com planos mutualistas ou seguros de capitalização, só porque estes têm a palavra “reforma” na designação. Mas, não se deixe enganar: um PPR distingue-se precisamente por ter “PPR” na designação.

Se tem dúvidas sobre o produto que a sua seguradora ou o seu banco lhe propõe, questione antes de subscrever. Leia a ficha do produto, pois tal como nas apólices dos seguros, “O bom Deus está nos detalhes”, como dizia o escritor francês Gustave Flaubert.

Os PPR têm custos associados?

Em regra, os planos de poupança-reforma têm quatro tipos de comissões associadas: a comissão de subscrição; de gestão e depósito; de resgate, que varia de produto para produto; e de transferência. Esta última está limitada a 0,5% apenas nos PPR com garantia de capital, ou seja, os que rendem menos.

Por esta razão, a DECO PROteste defende a eliminação total da comissão de transferência, como forma de promover a escolha de melhores produtos e maior eficiência do mercado. 

Infelizmente, as comissões devoram grande parte do rendimento (e mesmo a totalidade, em alguns produtos). Por exemplo, a média das comissões de subscrição é de 1,1% do montante entregue nesse primeiro momento, mas há vários PPR que cobram 12 por cento. É, por isso, fundamental escolher um produto com uma estrutura de encargos pouco pesada. 

Qual o PPR ideal aos 20, 30 ou 40 anos?

Quanto mais distante estiver da reforma, mais pode arriscar. O ideal é subscrever um fundo PPR que invista nos mercados bolsistas e tenha uma elevada componente de ações.

Apesar de ter mais risco e não garantir o capital, o potencial de rendimento é maior. Ainda que possa haver anos com rentabilidades negativas, devido a desvalorizações das bolsas, terá muito tempo para compensá-los com os ganhos obtidos nos bons tempos.

Sendo disciplinado nas entregas, mesmo de pequeno montante, pode usufruir do efeito de capitalização no longo prazo. Como se diz na gíria, dinheiro gera dinheiro. O tempo joga a seu favor.

Com efeito, aos 20, 30 ou 40 anos, ainda falta muito tempo para a reforma e o potencial de rendimento dos fundos PPR é muito superior a longo prazo, quando comparado com os PPR sob a forma de seguro de capital garantido. 

Por exemplo, se investir 50 euros por mês, dos 27 anos aos 67 (40 anos), num dos fundos que recomendamos, o BPI Reforma Global Equities PPR/OICVM, supondo que mantém o rendimento dos últimos cinco anos (7,9% ao ano, até final de 2024), chega à reforma com quase 158 mil euros.  Ou seja, quase sete vezes mais do que o montante aplicado (24 mil euros). O facto de aplicar mais em ações torna-o mais arriscado, mas também mais adequado para a poupança de longo prazo, sobretudo se ainda estiver longe da reforma.

Se conseguir entregar 100 euros por mês, obtém quase 316 mil euros. Essa é a vantagem de começar cedo. O efeito de capitalização a longo prazo, durante várias décadas, permite multiplicar exponencialmente as suas entregas mensais.

Além deste fundo, recomendamos, no segmento de risco intermédio, o Alves Ribeiro PPR, que ganhou 6,9%, em 2024, e 2,2% ao ano, nos últimos cinco.

Já o Optimize PPR/OICVM Moderado tem uma política mais defensiva, pois investe apenas até 25% em ações. Rendeu 8%, no ano passado, e 1,7% ao ano, nos últimos cinco anos.

Os associados DECO PROteste e os subscritores da DECO PROteste Investe têm condições especiais ao subscrever estes dois fundos. Prémios de fidelização e isenção de comissões são algumas das vantagens.

Está próximo da reforma?

Se tem 57 ou mais anos, deve subscrever ou transferir as aplicações para um PPR de capital garantido, para não correr o risco de perder o montante que já acumulou. 

Recomendamos o seguro Lusitania Poupança Reforma PPR, da Lusitania Vida, que garante uma taxa mínima de 2%, em 2025. Nos últimos cinco anos, até final de 2024, a rentabilidade anual foi de 2,5 por cento. 

Usufrua da nossa parceria com a Lusitania Vida, que o isenta de comissões na subscrição ou na aquisição, bem como no resgate antecipado. O prémio de fidelização anual é de 0,1% nos primeiros cinco anos, caso seja subscritor da DECO PROteste Investe, ou de 0,05% para os subscritores das restantes publicações da DECO PROteste.

Independentemente da idade, esta Escolha Acertada da Lusitania é também uma boa opção para quem tem um perfil conservador. Ou seja, é avesso ao risco e sente calafrios só de pensar que pode perder parte do dinheiro que aplicou. 

Como comparar e transferir PPR?

Muitos aforradores acreditam que basta ter um PPR para assegurar uma boa maquia, mas o rendimento varia de produto para produto, bem como as comissões. Como dizia Vasco Santana, no filme “A canção de Lisboa”, chapéus há muitos. Planos de poupança-reforma também. Atualmente, existem várias centenas de PPR no mercado, sobretudo sob a forma de seguro. Grande parte já não está disponível para novos subscritores, e muitos nem sequer aceitam novas entregas. 

Para saber se se deve manter casado com o seu PPR ou divorciar-se dele, use o comparador Ganhe Mais no PPR, que compara o rendimento das várias centenas existentes no mercado, sob a forma de fundo e seguro, com as nossas Escolhas Acertadas. 

Através desta ferramenta pode comparar o seu PPR com as Escolhas Acertadas. Em escassos minutos, ficará a saber se está a perder dinheiro, se a rentabilidade do seu atual produto fica aquém das nossas recomendações. Nesse caso, não hesite em transferir. Mas tenha sempre atenção ao risco: não aplique num PPR de risco elevado se está perto da reforma.

A transferência é um processo simples: basta dirigir-se à entidade onde pretende efetuar o novo PPR e preencher dois impressos. A instituição tratará de tudo. Se preferir, pode optar por uma transferência parcial ou total dos montantes aplicados. 

Como já referimos, terá de pagar uma comissão de transferência até 0,5%, se o seu PPR tiver capital garantido. Comissão essa que não se aplica se tiver um PPR sob a forma de fundo e sem garantia de capital. Não hesite em mudar para um mais rentável!

Texto de Myriam Gaspar e António Ribeiro.

 

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