Fundos PPR: bolsas em alta e dólar em queda

No pico do verão, os mercados financeiros registaram ganhos, que foram acompanhados pela valorização dos principais índices bolsistas dos EUA e da Europa. O movimento estendeu-se, também, ao mercado obrigacionista europeu, em especial ao da Alemanha e do Reino Unido.

Do outro lado do Atlântico, as yields da dívida pública norte-americana sofreram uma queda, mas, em contrapartida, a desvalorização do dólar face ao euro penalizou as rentabilidades destas obrigações, atenuando os ganhos dos fundos PPR, já que muitos aplicam parte da carteira no mercado americano.

Os 80 fundos PPR que fazem parte da análise mensal da DECO PROteste Investe estão divididos em três classes, consoante o perfil de risco: defensivos; neutros; e agressivos.

No quadro mais abaixo, encontra os 10 melhores de cada categoria, com um histórico mínimo de cinco anos. Os restantes podem ser acompanhados na nossa página dos fundos PPR. 

Impulsionados pelo comportamento das obrigações, os fundos PPR defensivos, que investem até 25% em ações, ganharam, em média, 0,3 por cento. O desempenho entre produtos foi, no entanto, muito díspar, variando entre -0,6% (PPR BIG Taxa Plus) e 3,3% (PPR SGF Poupança Garantida).

Na categoria de risco intermédio – entre 25% e 50% em ações –, todos ganharam. A valorização média foi de 0,6%, tendo o fundo PPR Golden SGF Poupança Equilibrada registado a maior valorização (2 por cento).

Na categoria dos mais agressivos – mais de metade da carteira em ações –, o ganho médio foi de 1,4%, em agosto. De salientar ainda a valorização de 3,2% conseguida pelo PPR Golden SGF Poupança Dinâmica e pelo Optimize PPR/OICVM Agressivo. Este fundo PPR ainda não tem ainda cinco anos de histórico. 

Duas novas Escolhas Acertadas 

Há novidades nos fundos PPR eleitos como Escolha Acertada, em duas das três classes de risco. Nos defensivos, a DECO PROteste Investe recomenda agora o PPR SGF Poupança Conservadora, que não investe mais de 10% em ações e conseguiu uma valorização de 8,2%, no último ano e 3%, nos últimos cinco anos.

O fundo Optimize PPR/ OICVM Moderado, que foi perdendo terreno nos últimos meses, perde, assim, o título de Escolha Acertada.

Na categoria de risco intermédio, o Alves Ribeiro PPR mantém-se inabalável na liderança, destacando-se dos restantes: conseguiu 3,8% ao ano, nos últimos cinco anos, e ganhou 4,8% nos últimos 12 meses. Pode subscrevê-lo ao abrigo do nosso protocolo com o Banco Invest, com condições vantajosas.

Na categoria dos que aplicam maioritariamente em ações, o M3 Investimento PPR destaca-se no rendimento. Obteve 9,3% ao ano, nos últimos cinco anos e 8,1% no último ano.

Todavia, devido às elevadas comissões – 5% na subscrição e no resgate –, não é Escolha Acertada. Voltamos, assim, a eleger o BBVA Estratégia Investimento PPR que, apesar de aparecer em segundo lugar nos ganhos dos últimos cinco anos, tem comissões mais baixas. Este fundo conseguiu 6,5% nos últimos 12 meses e 7,7% ao ano, nos últimos cinco anos.

A nossa anterior recomendação – BPI Reforma Global Equities PPR/OICVM – apresenta uma rentabilidade de 6,3% ao ano nos últimos cinco anos, surgindo em quarto lugar na tabela. Infelizmente, tem sido bastante penalizado nos último ano, devido à elevada percentagem de ações. Perdeu 3,7% em 12 meses.

Seguro PPR da Lusitania Vida garante taxa mínima de 2% 

Para os investidores mais conservadores, que querem manter o capital garantido, ou que estão a menos de 10 anos da idade em que tencionam reformar-se, a recomendação é o Lusitania Poupança Reforma PPR. Tem uma taxa mínima garantida de 2% em 2025. No ano passado, rendeu 2,4% (1,6%, se deduzida a comissão de gestão) e, nos últimos cinco anos, 2,25 por cento.

Note que os seguros PPR têm apresentado um rendimento abaixo da inflação, pelo que recomendamos o seguro apenas como forma de acautelar a poupança acumulada ao longo da vida, mas não é a melhor opção para rentabilizá-la se ainda está distante da reforma.

No caso de subscrever ao abrigo do protocolo, está isento das comissões de subscrição e resgate. Já a comissão de gestão, que é a remuneração da seguradora pela gestão do fundo (1,2% ao ano), terá sempre de suportar.

Além disso, os subscritores DECO PROteste Investe têm direito a um prémio de fidelização anual de 0,1%, aplicados sobre o saldo médio anual, nos primeiros cinco anos de vigência do contrato.