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Quais os países mais envelhecidos?

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Em Portugal, o rácio entre a população ativa e os idosos é de 37%, ligeiramente acima da média da União Europeia. A diferença irá acentuar-se até 2050.

Publicado em: 09 outubro 2023
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Em Portugal, o rácio entre a população ativa e os idosos é de 37%, ligeiramente acima da média da União Europeia. A diferença irá acentuar-se até 2050.

O número de idosos em comparação com a população ativa continuará a aumentar nas próximas décadas, colocando desafios a certos países, como Portugal.

O aumento da esperança de vida é uma importante conquista civilizacional, mas, perante ao modelo económico atual, é um dos maiores desafios colocados à economia global no século XXI. 

Para prever o seu impacto e avaliar o envelhecimento relativo da população, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) calcula o chamado rácio de dependência, comparando o número de idosos (idade igual ou superior a 65 anos) com a população ativa (idade entre 20 e 64 anos).

Quanto mais elevado o rácio, maior o peso da terceira idade na “máquina económica”. Além dos valores atuais, é importante antecipar o futuro, razão pela qual a OCDE também estima o valor do rácio nas décadas seguintes. Para tal, baseia-se nas taxas de mortalidade e de fecundidade e nas migrações.

Sem surpresa, a OCDE concluiu que os países assistem a aumentos cada vez maiores da esperança de vida, que se prevê manterem. Isso significa um número crescente de idosos e, inevitavelmente, também de reformados. 

Menos filhos, mais idosos 

Se é certo que, nas economias mais desenvolvidas, a prosperidade prolongou a esperança de vida, também é verdade que as vicissitudes da sociedade de consumo diminuíram a natalidade. 

Nos países menos recetivos à imigração, como o Japão, o problema é mais acentuado. Um em cada três nipónicos está na terceira idade. 

Em Portugal, o rácio entre a população ativa e os idosos é de 37%, ligeiramente acima da média da União Europeia. A diferença irá acentuar-se até 2050.

A China, que durante décadas teve a política do filho único, vê-se, agora, a braços com uma diminuição da população, tendo já sido ultrapassada pela Índia em número de habitantes. 

Do mesmo não se podem queixar os Estados Unidos, que, sobretudo graças à imigração, não estão sob tanta pressão.

Sem surpresa, nos países menos desenvolvidos, em que predomina a população jovem, o rácio de dependência é muito baixo. É o caso da África do Sul.

Rácio de dependência: número de idosos (idade igual ou superior a 65 anos) por cada 100 pessoas da população ativa (idade entre 20 e 64 anos)

racio dependencia

Quanto mais alto o rácio que compara o número de idosos com a população ativa, mais envelhecido é o país e terá, por exemplo, mais reformas para pagar.

Soluções possíveis 

O forte aumento do rácio de dependência tem consequências óbvias. Há cada vez mais pessoas a consumir, mas o número de “produtores” é menor. 

Mesmo que haja aumentos de produtividade, este desequilíbrio não será fácil de gerir. 

Há já países a tomar medidas para atenuar o problema. Entre elas está o aumento da idade de reforma, alterações aos sistemas públicos de pensões (passagem de um sistema de distribuição para capitalização), estímulos à natalidade e facilitação de movimentos migratórios.

O Japão, por exemplo, está a abrir a porta aos imigrantes. A China, por sua vez, aprovou estímulos à natalidade.

Embora estas medidas sejam cruciais para manter a estabilidade económica, no muito longo prazo, poderão não resolver o problema. Imigração implica emigração, ou seja, só exporta o problema, movendo os mais jovens de um país para outro. Assim, mesmo que a imigração consiga ser politicamente aceitável, poderá também tornar-se menos exequível. 

À medida que os países em desenvolvimento se tornarem mais ricos, começarão também a ter menos jovens ativos. Aumentar a natalidade é também uma solução questionada por quem não acredita que os recursos do planeta sejam suficientes para alimentar tantas bocas, sem contar com o impacto que tem em termos de emissões poluentes e destruição dos ecossistemas. 

Um modelo económico global assente na expansão ilimitada do consumo acabará por ter os dias contados, mas, provavelmente, não será ainda neste século. 

Para já, o envelhecimento da população permite tirar uma importante conclusão: as pensões do Estado serão cada vez mais curtas e a usufruir mais tarde. Se quer garantir um melhor nível de vida na reforma, terá de poupar regularmente. Tem desde diferentes opções de PPR, que permitem fazer uma escolha adaptada ao seu perfil de investidor, a diversas estratégias da PROTESTE INVESTE, para investir nos mercados financeiros e rentabilizar o dinheiro (fundos, ETF, ações). Esta é, efetivamente, a forma mais eficaz de conseguir acumular capital.

 

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