Os mercados norte-americanos prolongam a tendência de subida mesmo após criação de emprego abaixo do esperado e inflação em linha com previsões. Estes dados abrem espaço à descida das taxas de juro pela Fed, já esta semana. O S&P 500 avançou 1,6% e o Nasdaq 2%. Na Europa, onde o Banco Central Europeu mantém as taxas inalteradas, o Stoxx Europe 600 ganhou 1%. Paris subiu 2% enquanto Zurique caiu 1,4%.
O entusiasmo gerado pelas previsões da Oracle (+25,5%) para a cloud reforçaram o interesse pelas tecnológicas (+3,7%), semicondutores (+6,6%) e pelas empresas ligadas à IA e à cloud. É necessário cautela nos investimentos em tecnologia, pois as expectativas de lucro dos investidores são muito elevadas. Uma deceção é rapidamente penalizada. A Corning valorizou 8,2%. Na Europa, a Schneider (+6,3%) e a ASML (+4,5%) registam ganhos.
Os ataques de drones russos na Polónia impulsionam as ações da defesa (+8,8% na Europa). A BAE Systems valorizou 11,5%, a Thales 12,7% e a Rheinmetall 8,5%.
A Agência Internacional da Energia alerta para risco de excesso no mercado petrolífero. Prevê uma produção de 105,8 milhões de barris por dia em 2025 e 107,9 milhões em 2026. A procura deverá atingir 103,87 milhões de barris em 2025 e 104,57 milhões em 2026.
Lisboa manteve-se estável
A bolsa de Lisboa subiu 0,6% na última semana, tendo os CTT liderado os ganhos, ao valorizar 3,5%. Logo a seguir, a Ibersol foi a segunda maior valorização, ao subir 2,7%, em vésperas de anunciar os seus resultados semestrais, a serem divulgados esta segunda-feira, dia 15.
A EDP registou uma valorização de 2,6%, enquanto a EDP Renováveis desvalorizou 1,6%. Por sua vez, a gestora de redes de energia REN permaneceu estável (+0,2%).
No setor petrolífero, a Galp valorizou 1,9%,
Ainda dentro das subidas semanais, a Corticeira Amorim, que recentemente viu ser confirmada a boa notícia de que a cortiça fica isenta das taxas alfandegárias nos EUA, valorizou 2,2%.
Já no setor de retalho, a Sonae subiu 1,4% enquanto a Jerónimo Martins caiu 1,1%.
Números da semana
44 500
O índice japonês ultrapassou pela primeira vez os 44 500 pontos, tendo mesmo chegado a um novo máximo histórico de 44 923 pontos. Nos últimos seis meses o Nikkei valorizou 21,7%.
+102,3%
O índice de defesa europeu, Defender, subiu 8,8% na semana, com o aumento de tensões geopolíticas.
A subida sinaliza uma resposta coletiva da UE. Esta tendência evidencia a prioridade crescente em segurança e dissuasão militar na Europa. O índice valorizou 102,3% desde o início do ano.
Top subidas
Bpost +13,5%
Tesla +12,9%
Thales +12,7%
Anglo American +12,2%
BAE Systems +11,5%
Top descidas
Diageo -8,1%
Accenture -6,4%
Atenor -5,6%
L’Oreal -5,4%
BMW -5,2%
A semana em números
| Principais Bolsas | |
| Europa Stoxx 600 | +1,0% |
| EUA S&P 500 | +1,6% |
| EUA Nasdaq | +2,0% |
| Lisboa PSI | +0,6% |
| Frankfurt DAX | +0,4% |
| Londres FTSE 100 | +0,8% |
| Tóquio NIKKEI 225 | +4,1% |
Variação das cotações entre 05/09/25 a 12/09/25, em moeda local.
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