Os resultados da Nvidia (+1,2% na semana) não chegam para relançar a cotação do gigante americano, mas não teve impacto negativo no setor tecnológico dos Estados Unidos, que ganhou 2,1% na semana. Os semicondutores subiram 2,5%. A Corning avançou 4,8%, a Cisco 3,1% e a Apple 2,1%. Graças à tecnologia, o S&P 500 (+0,5%, +10,5% desde o início do ano) atingiu um novo máximo, 6508,22. O Nasdaq caiu 0,2%. A divulgação da Nvidia confirma que as despesas ligadas à infraestrutura de inteligência artificial permanecem sólidas.
Os investidores mantêm a calma perante os receios em torno das tentativas de Trump de influenciar a política da Reserva Federal. E aguardam a próxima descida das taxas.
Na Europa, o Stoxx Europe 600 cede 2%, travado pelas preocupações com a conjuntura política em França. O CAC 40 caiu 3,3%. Baixa de 1,8% em Amesterdão e de 1,9 em Frankfurt. As financeiras francesas enfrentam dificuldades. O BNP Paribas recua 7,9% e a Société Générale 8,9%. O Goldman Sachs degrada a notação do Deutsche Bank (-5,3%) e do Commerzbank (-12,2%). Estas quedas dos pesos pesados da banca europeia penalizaram o setor financeiro europeu (-3,1%).
As vendas automóveis na Europa sobem 7,4% em julho, sinal positivo após um primeiro semestre difícil em que as vendas recuaram 1,9%. Contudo, o setor recua 2,3% na semana. A Stellantis desce 5,3% e a Michelin 5%. O setor mantém-se muito concorrencial e, apesar da sua fraca valorização em bolsa (+2,2% desde o início do ano), não alteramos os nossos conselhos.
Lisboa com queda ligeira
A bolsa nacional caiu 2,8% esta semana e as maiores quedas foram da EDP, CTT e BCP, que caíram em torno dos 6%.
Relativamente à EDP, o impacto veio da pressão dos Estados Unidos, onde a administração Trump bloqueou a construção de um parque eólico offshore que estava 80 % concluído. Este bloqueio gerou incerteza sobre o futuro dos projetos de energias renováveis.
A queda da cotação do BCP pode ser justificada pela evolução negativa da banca europeia devido à crise em França e pelo anúncio da Polónia ter confirmado que irá aumentar o imposto sobre as instituições bancárias de 19 % para 30 % em 2026.
A Altri (-3,5%) e a Navigator (-2,8%) caíram pressionadas pela conjuntura adversa do setor da pasta e do papel e pela quebra de resultados do primeiro semestre de -46% e -65%, respetivamente.
A Galp e a Jerónimo foram as únicas a registar uma semana positiva, subindo 0,9% e 1,14% respetivamente.
Números da semana
6500
Novo máximo histórico do principal índice da bolsa de Nova Iorque, o S&P 500. Desde o início de 2025, este índice já valorizou 9,8%. Contudo, no mesmo período, o dólar americano desvalorizou 11,5% face ao euro. Assim, o índice medido em euros, perde 2,8%.
197,8
197,8 mil milhões de euros é o montante dos depósitos de particulares no final de julho, mais 1975 milhões de euros do que em junho. É, assim, o valor mais elevado de sempre. Contudo, em média, o rendimento líquido dos depósitos fica abaixo da inflação.
Top subidas
VF Corp +10,4%
Autodesk +8,4%
Ralph Lauren +3,9%
American Express +3,8%
Anglo American +3,5%
Top descidas
Telecom Italia -11,1%
Société Générale -8,9%
Euroapi -8,7%
BNP Paribas -7,9%
Veolia Environ. -7,1%
A semana em números
| Principais Bolsas | |
| Europa Stoxx 600 | -2,0% |
| EUA S&P 500 | -0,1% |
| EUA Nasdaq | -0,2% |
| Lisboa PSI | -2,8% |
| Frankfurt DAX | -1,9% |
| Londres FTSE 100 | -1,4% |
| Tóquio NIKKEI 225 | +0,2% |
Variação das cotações entre 22/08/25 a 29/08/25, em moeda local.
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