Os mercados mostram-se confiantes após o acordo comercial entre os EUA e o Japão. Antecipam uma possível assinatura rápida com a Europa. Este pode eliminar parte das incertezas sobre o crescimento económico mundial e oferecer maior visibilidade às empresas e aos investidores.
Na sexta-feira ao meio-dia, o Stoxx Europe 50 apresenta uma subida de 0,6%.
No que diz respeito à política monetária, o Banco Central Europeu manteve as taxas em julho e poderá não as reduzir em setembro.
Os Estados Unidos registam também uma tendência positiva, com uma subida de 1,1% no S&P 500 e de 0,8% no Nasdaq.
As tecnológicas apresentaram resultados dececionantes. A STM caiu 19,9%, Texas Instruments (-14,3%), Nokia (-11,6%) e IBM (-7,6%). A Alphabet valorizou 3,9%.
O setor farmacêutico europeu subiu 3,8% e o automóvel europeu 4,4%, impulsionados pela perspetiva de um acordo comercial com os EUA e os Estados Unidos.
A Volkswagen valorizou 9,9%, a Mercedes 7,3% e a BMW 5%.
A Novo Nordisk subiu 10,9%, a AstraZeneca 5,5% e a Merck 5,2%.
No setor da energia, o barril permaneceu abaixo dos 70 dólares. Os investidores valorizaram os resultados da Repsol (+3,7%), mas mostraram-se mais cautelosos com a TotalEnergies (-3,9%), cujos resultados ficaram aquém das expectativas.
Abriu a época de resultados
Numa semana em que a Bolsa de Lisboa subiu 0,5%, a petrolífera Galp Energia liderou as valorizações, registando uma subida de 5,7% na semana em que anunciou os resultados semestrais que registaram uma queda de 8% face ao período homólogo.
Os lucros, excluindo os efeitos não recorrentes associados aos preços dos stocks de petróleo, caíram 9%. Esta quebra reflete, em parte, a desaceleração da atividade de refinação e a menor valorização dos ativos energéticos no semestre.
No mesmo período, também a Altri e a Navigator reportaram descidas nos lucros semestrais, com quebras de 77% e 43%, respetivamente. Estas empresas foram penalizadas pelo abrandamento da procura internacional e pela descida dos preços da pasta de papel nos mercados globais.
Os custos energéticos e logísticos mantiveram-se pressionados, agravando o impacto negativo nos resultados.
No setor das comunicações, a NOS apresentou os resultados, revelando igualmente uma queda nos lucros. A operadora apontou como causas principais o aumento dos custos operacionais e o ritmo lento de recuperação do consumo nos serviços residenciais. A empresa mantém, no entanto, os objetivos financeiros para 2025.
Números da semana
+111%
Ainda nem dois meses tinham passado desde a entrada da Coinbase no S&P500 e esta já havia valorizado 111%. Contudo, após ter chegado a um novo máximo, 444,60 dólares, já voltou a retestar os valores de 388, situando-se agora nos 396,70 dólares.
-12%
Desde o início do ano, o dólar americano desvalorizou 12% face ao euro. Por isso, embora os índices bolsistas americanos estejam perto de máximos, a sua variação medida em euros está negativa em 2025.Top subidas
Swatch +12,8%
Postnl +11,7%
Bpost +10,6%
Paccar +7,8%
Basf +7,5%
Top descidas
Texas Instrum. -14,3%Melexis -11,2%
Lockheed Martin -10,4%
IBM -7,6%
Netlfix -7,3%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +0,8% |
EUA S&P 500 | +1,1% |
EUA Nasdaq | +0,8% |
Lisboa PSI | +0,5% |
Frankfurt DAX | -0,3% |
Londres FTSE 100 | +1,9% |
Tóquio NIKKEI 225 | +4,8% |
Variação das cotações entre 17/07/25 a 24/07/25, em moeda local.
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