A subida das cotações na segunda metade da semana permitiu às bolsas europeias fechar perto da linha de água, apesar de o Stoxx Europe 600 ter recuado 1,1%. Os investidores estão otimistas quanto às negociações comerciais da União Europeia e EUA. Os bons resultados empresariais (PepsiCo, TSMC, Assa Abloy, Novartis, entre outros) também ajudaram a sustentar os índices.
Nos EUA, as bolsas fecharam em alta, com o S&P 500 a ganhar 0,3% e o Nasdaq a subir 1,2%. O setor financeiro (+0,3%) teve um desempenho positivo após os bons resultados anunciados pelos principais bancos americanos.
O setor tecnológico europeu (-1,7%) fechou em queda, após a divulgação dos resultados da ASML (-5,8%). Embora os números do segundo trimestre da empresa holandesa tenham sido bons, a sua prudência para 2026 foi um balde de água fria, com o grupo a prever lucros abaixo das estimativas anteriores. A Ericsson (-7,3%) também desiludiu.
Pelo contrário, o setor tecnológico americano (+1,5%) continuou em alta, graças à Nvidia (+5,4%), que planeia retomar as vendas de chips de IA à China. A Alphabet valorizou 3,4%.
O setor automóvel europeu (-4,7%; -19,4% no último ano) sofreu nova correção, depois de a Renault (-20,2%) ter reduzido as suas projeções de margem e cash-flow para 2025, o que nos levou a alterar o conselho. A Stellantis caiu 9,2% e a Volkswagen VZ perdeu 3,7%.
O setor farmacêutico recuou 2,2%, com a Novartis a descer 5,9%, apesar de se ter mostrado mais confiante para este ano, graças às fortes vendas. A Pfizer desvalorizou 4,7%.
Nota final para a Schneider (+6,3%), que beneficiou dos comentários positivos da sua concorrente Legrand sobre o potencial da IA nos EUA e dos bons resultados da ABB.
Lisboa com queda ligeira
A bolsa nacional recuou 0,7% na última semana, com as cotações das ações a terem variações pouco significativas. Numa altura em que os investidores aguardam o início da época de resultados semestrais, a REN (+3,8%) liderou os ganhos, seguida da Sonae (+1,6%) e da Ibersol (+1,2%), embora sem notícias relevantes que o justifiquem.
Pela negativa, os CTT desceram 3,7%, a Galp perdeu 3,4%, apesar da ligeira recuperação do preço do petróleo (+1,3%), e a Corticeira Amorim caiu 2,9%, pressionada pelas tarifas e, em consequência, pela perspetiva de uma descida das vendas de rolhas de cortiça.
A penalizar o índice PSI estiveram ainda os pesos pesados Jerónimo Martins (-1,9%), BCP (-1%) e EDP Renováveis (-1%).
Números da semana
6 297,36
Novo máximo histórico do principal índice da bolsa de Nova Iorque, o S&P 500. Apesar de equivaler a uma subida de 7,1% desde o início do ano, dada a forte desvalorização do dólar, em euros, o índice acumula uma descida de 4,3% em 2025.9 000
O principal índice bolsista londrino, o FTSE 100, negociou pela primeira vez na história acima dos 9 000 pontos no início da semana, estimulado por bons resultados, pela atual maior estabilidade política e pela menor evolução da bolsa de Londres nos últimos anos.
Top subidas
Atenor +13,9%
Schneider Electric +6,3%
Kraft Heinz +6,3%
Nvidia +5,4%
Assa Abloy +4,0%
Top descidas
Renault -20,2%Euroapi -10,4%
Abbott -9,8%
Stellantis -9,2%
Ericsson B -7,3%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | -1,1% |
EUA S&P 500 | +0,3% |
EUA Nasdaq | +1,2% |
Lisboa PSI | -0,7% |
Frankfurt DAX | -0,4% |
Londres FTSE 100 | -0,03% |
Tóquio NIKKEI 225 | +0,6% |
Variação das cotações entre 10/07/25 a 17/07/25, em moeda local.
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