A euforia após o acordo para suspender temporariamente as tarifas entre os EUA e a China diminuiu, mas os investidores mantêm-se otimistas. A Fed não parece ter pressa para voltar a cortar as taxas de juro, mas terá de o fazer se a economia abrandar demasiado e os investidores parecem apostar nisso.
Mas, o que é que está a impedir a Fed de agir mais rapidamente? O potencial impacto das tarifas nos preços (e, logo, na inflação) nos próximos meses. O S&P 500 subiu 5,3% e o Nasdaq ganhou uns espetaculares 7,2%. A Tesla subiu 17,3%.
Os semicondutores recuperaram 11,8% depois de a Arábia Saudita ter anunciado investimentos em empresas tecnológicas americanas e após a redução das tensões com a China, o que permitirá à Nvidia (+16,1%) vender mais no mercado chinês. Foi uma boa semana também para a Applied Materials (+6,4%) e para a Melexis (+10,1%).
A tendência também foi positiva na Europa, com o Stoxx europe 600 a valorizar 2,1%, graças aos setores industrial (+2,2%), tecnológico (+2,8%) e de retalho (+3,6%).
As ações do setor financeiro subiram 2,8%, com as empresas de cartões de crédito a apresentarem um bom desempenho, já que o sentimento do consumidor pode melhorar se as tensões comerciais diminuírem. A American Express subiu 5,3%.
No setor europeu da defesa (+0,5%), a semana foi de altos e baixos, oscilando entre a especulação de uma trégua na Ucrânia e o desejo da Alemanha de aumentar as despesas militares para 5% do PIB, tornando-se o maior país da Europa a nível militar. A Rheinmetall subiu 1%, a Thales 1,8% e a BAE Systems 4,4%. As perspetivas para o setor a médio prazo continuam positivas.
Lisboa com boa subida
A bolsa nacional ganhou 3,6% na semana passada e já acumula um ganho de 13,5% em 2025. O grupo EDP esteve em destaque, já que a proposta de redução dos incentivos às energias renováveis nos EUA é melhor do que o esperado. A EDP Renováveis (+11%) liderou os ganhos e a EDP subiu 5,3%. Ainda no setor energético, a REN valorizou 5,5%.
Pela positiva, destaque ainda para o BCP (+6%), que fixou um novo máximo desde o início de 2016, e para a Corticeira Amorim e Navigator, que ganharam 6,9 e 6,8%, respetivamente, depois de apresentarem os resultados trimestrais na semana anterior.
Ao invés, o setor da distribuição fechou no vermelho, com a Jerónimo Martins e a Sonae a perderem 3% e 1,1%, respetivamente, mas apenas devido aos ajustes técnicos das cotações à distribuição de dividendos.
Números da semana
23 767
Novo máximo histórico fixado pela bolsa de Frankfurt no final da semana passada. O forte investimento em defesa e em infraestruturas anunciado pelo novo Governo alemão continua a estimular a bolsa da maior economia europeia.
103 506 $
O maior apetite pelo risco por parte dos investidores levou a cotação da Bitcoin a ultrapassar novamente a barreira dos 100 000 dólares e a aproximar-se do máximo histórico, acima dos 106 000 dólares, fixado no final de 2024.
Top subidas
Tesla +17,3%Nvidia +16,1%
Bpost +13,9%
Trigano +12,9%
VF Corp +11,3%
Top descidas
Bayer -4,9%Veolia Envir. -4,7%
Novo Nordisk -4,0%
BMW -3,5%
Euroapi -3,3%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +2,1% |
EUA S&P 500 | +5,3% |
EUA Nasdaq | +7,2% |
Lisboa PSI | +3,6% |
Frankfurt DAX | +1,1% |
Londres FTSE 100 | +1,5% |
Tóquio NIKKEI 225 | +0,7% |
Variação das cotações entre 9/05/25 a 16/05/25, em moeda local.
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