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Os mercados continuam nervosos

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Mercados continuam a mostrar sinais de nervosismo

Publicado em: 28 outubro 2024
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Mercados continuam a mostrar sinais de nervosismo

As eleições presidenciais americanas, cujo resultado é muito incerto, estão a contribuir para o nervosismo nos mercados.

Os mercados continuam a mostrar algum nervosismo poucos dias antes das eleições presidenciais americanas, cujo resultado é mais incerto do que nunca. Os índices S&P500 e o Stoxx Europe 600 caíram 1 e 1,2%, respetivamente, na semana passada. 

Por outro lado, os investidores continuam a digerir os inúmeros resultados trimestrais das empresas, dos dois lados do Atlântico, com destaque muito positivo para os números da Tesla (+22%). 

Nos Estados Unidos, os índices foram penalizados pela subida das taxas de juro de mercado a 10 anos, que atingiram um máximo dos últimos três meses, nos 4,24%, já que os investidores estão preocupados com a evolução da inflação em 2025, caso Donald Trump regresse ao poder.

Além disso, de acordo com o “Beige Book” da Fed, a aproximação das eleições colocou parte da atividade económica em espera, no final de setembro e início de outubro, com clientes e empresas a preferirem aguardar o desfecho das eleições antes de gastar ou investir. 

O setor automóvel (+6,1%) teve um bom desempenho, graças aos sólidos resultados da gigante dos automóveis elétricos Tesla (+22%) e da Renault (+6,5%). Ao invés, as fabricantes de equipamentos francesas Michelin (-9,2%) e Valeo desiludiram. 

Nas telecomunicações, também houve várias operadoras a divulgar as contas, nomeadamente nos Estados Unidos, onde o sector caiu 1,2%, com sortes diferentes para os três gigantes Verizon (-5,9%), AT&T (-0,1%) e T-Mobile US (+1,4%). Na Europa, o setor também desvalorizou 1,3%, apesar da Proximus ter aumentado os seus objetivos para 2024 e da francesa Orange (-0,7%) ter reiterado os seus. 

Lisboa volta a cair 

A bolsa nacional caiu pela terceira semana consecutiva, com o PSI a perder 2,4%, muito penalizado uma vez mais pelo grupo EDP, após a subida das taxas de juro de mercado de longo prazo.

EDP Renováveis e EDP recuaram 6,2 e 3,6%, respetivamante. Pela mesma razão, a REN perdeu 2,3%. Depois de ter fixado recentemente novos máximos desde 2016, o BCP corrigiu 2,3% e foi outro dos responsáveis pela queda da bolsa.  

Em Lisboa, a semana ficou marcada pelo início da época de divulgação de resultados trimestrais, com a Navigator (-3,5%) a anunciar uma subida de 20,3% do lucro até setembro. 

Sem surpresa, a americana KKR ficou com 97,64% do capital da GreenVolt após a OPA que terminou no dia 24, abrindo caminho para a retirada de bolsa do título. 

Números da semana

4,24% 

As taxas de juro de mercado americanas a 10 anos atingiram os 4,24% na semana passada, o valor mais alto dos últimos três meses, com receios de uma nova subida da inflação e, com isso, que o ritmo dos cortes das taxas de juro de referência por parte da Fed possa abrandar.  

2740,38 $      

O ouro continua a bater sucessivos máximos históricos, com os investidores a temerem um regresso da instabilidade e da inflação caso Donald Trump vença as eleições, procurando refúgio em ativos mais seguros, como é o caso deste metal precioso. 

Top subidas

Tesla +22,0%
Swatch Group +7,0%
Renault +6,5%
Atenor +5,4%
Porsche AG VZ +4,4%

Top descidas

VF Corp  -14,6%
Harley-Davidson -12,1%
Radius Recycling -12,0%
Michelin -9,2%
Lockheed Martin -8,1%

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -1,2% 
EUA S&P 500 -1,0% 
EUA Nasdaq +0,2% 
Lisboa PSI -2,4% 
Frankfurt DAX -1,0% 
Londres FTSE 100 -1,3% 
Tóquio NIKKEI 225 -2,7% 

Variação das cotações entre 18/10/24 a 25/10/24, em moeda local.

 

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