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Tecnológicas voltam a brilhar

Deve apostar numa carteira de ações diversificada

O regresso do apetite pelo risco trouxe os investidores de volta às ações tecnológicas

Publicado em: 16 setembro 2024
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Deve apostar numa carteira de ações diversificada

O regresso do apetite pelo risco trouxe os investidores de volta às ações tecnológicas

Face à descida das taxas de juro, as bolsas regressaram aos ganhos dos dois lados do Atlântico.

A inflação americana caiu pelo quinto mês consecutivo para 2,5% , o seu nível mais baixo em três anos e meio, pelo que o cenário de corte das taxas de juro por parte da Fed já esta semana ganhou força. Porém, o cenário de uma queda de 0,5% é menos provável em favor de um corte de 0,25%. 

Na Europa, onde as pressões inflacionistas são menos fortes, o BCE reduziu a sua taxa diretora em 0,25%, como se esperava, o que permitiu uma recuperação das bolsas. Em ambos os lados do Atlântico, os bancos centrais querem evitar uma recessão das respetivas economias.  

O regresso do apetite pelo risco trouxe os investidores de volta às ações tecnológicas (+6%), o que estimulou os índices bolsistas. O S&P 500 e o Nasdaq subiram 4% e 6%, respetivamente, com a Nvidia a liderar os ganhos (+15,8%). Por sua vez, a ASML subiu 7,8% e o setor de semicondutores no seu conjunto ganhou 11,7%. Os bons resultados trimestrais da Oracle (+14,3%) permitiram que o segmento de software fosse outro dos vencedores da semana. A SAP subiu 5,1%. 

Na Europa, o Stoxx Europe 600 valorizou 1,9%, com o setor da distribuição a crescer 6,6%. Pelo contrário, o setor automóvel europeu (-2,3%) viveu mais uma semana difícil e acumula uma perda de 17,2% desde o início do ano. A BMW (-6,2%) reduziu as suas previsões de margem para este ano. A Mercedes caiu 2,9%. 

O setor bancário europeu (+1,8%) reagiu pouco às especulações sobre fusões. O Unicredit (+1,9%) tornou-se o segundo maior acionista do Commerzbank (+23,8%), reacendendo os rumores sobre fusões na banca. Frequentemente citados como alvos, o Société Générale e o ABN Amro valorizaram 1,5% e 4,4%, respetivamente. Por sua vez, o BNP Paribas subiu 1,9% enquanto, por cá, o BCP ganhou 2,1%. 

Lisboa regressa aos ganhos 

Após a ligeira correção da semana anterior, a bolsa nacional regressou aos ganhos, com uma subida de 1,8%, impulsionada sobretudo pelo grupo EDP e pela recuperação de 4% da Jerónimo Martins

A descida das taxas de juro e alguns sinais de melhoria da conjuntura do setor das energias renováveis (subida dos preços da eletricidade…) levaram a EDP Renováveis (+4,5%) a liderar os ganhos pela segunda semana consecutiva e a fechar num novo máximo desde janeiro deste ano. Por sua vez, a casa mãe EDP subiu 2,5%. 

Ao invés, a Galp (-2,1%) voltou a estar sob pressão e liderou as perdas, apesar da ligeira recuperação do preço do petróleo (+1,1%) na semana. De resto, só a Corticeira Amorim (-0,2%) também fechou negativa. 

Números da semana

-0,25%  

É inevitável! O corte de 25 pontos base da taxa de juro diretora por parte do BCE marcou a atualidade e permitiu a recuperação das bolsas. Agora, espera-se que aconteça o mesmo nos EUA, esta semana. A dúvida é se o primeiro corte da Fed será de 0,25 ou 0,50%.

+52,7%    

Com alguns altos e baixos pelo meio, o setor dos semicondutores lidera os ganhos bolsistas (em euros) desde o início do ano, com uma valorização de 52,7%. A Nvidia tem sido a principal estrela da bolsa e este ano já subiu 139,6%. 

Top subidas

Nvidia +15,8%
Radius Recycling +12,7%
Tesla +9,3%
Amazon.com +8,8%
Verizon +8,0%

Top descidas

Bayer -6,7%
BMW -6,2%
Swatch Group -4,9%
L’Oréal -4,2%
Stellantis  -3,2%
 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +1,9% 
EUA S&P 500 +4,0% 
EUA Nasdaq +6,0% 
Lisboa PSI +1,8% 
Frankfurt DAX +2,2% 
Londres FTSE 100 +1,1% 
Tóquio NIKKEI 225 -0,5% 

 

Variação das cotações entre 06/09/24 a 13/09/24, em moeda local.
 

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