Nos Estados Unidos, os receios de recessão provocados pela divulgação, no final da semana anterior, de maus resultados na atividade industrial e no emprego, diminuíram. Os investidores foram tranquilizados pelo anúncio de uma queda maior do que o esperado nas inscrições semanais para o subsídio de desemprego e pelos comentários encorajadores de responsáveis da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) sobre as perspetivas económicas. O índice S&P 500 acabou por fechar no mesmo nível da semana anterior (variação de 0%) e o Nasdaq registou uma pequena queda de 0,2%. Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 subiu 0,3%.
Muito sensível ao estado da economia, o setor dos semicondutores beneficiou do alívio dos receios de recessão nos Estados Unidos. Ainda assim, terminou a semana com uma subida de apenas 0,1%, sobretudo por culpa da Intel (-8,2%) que continua em queda livre. Por outro lado, as nossas ações favoritas no setor destacaram-se com subidas de 6,4% para a ASML e de 3,2% para a Melexis.
Lisboa fica para trás
O índice de referência nacional, o PSI, fechou em baixa (-0,6%), com 13 das suas 16 cotadas no vermelho. As elétricas nacionais EDP Renováveis (-4,0%) e EDP (-3,7%), fecharam com as maiores quedas. Seguidas pela Sonae (-3,3%) e Altri (-3,2%), que também desvalorizaram mais de 3%.
A Galp, que começou a semana no vermelho, acabou por fechar com uma variação semanal de +1,7%, após uma forte valorização do preço do petróleo entre quarta-feira e sexta-feira da semana passada.
Ainda assim, do lado dos ganhos, quem liderou foi o BCP (+5,4%), depois de o Expresso ter avançado que o imposto adicional de solidariedade sobre o setor bancário, implementado durante a pandemia, pode ser considerado inconstitucional.
A Jerónimo Martins também teve variação positiva, com ganhos ligeiros de 0,5%. Recupera um pouco depois dos resultados desapontantes terem feito cair a cotação.
A bolsa de Lisboa termina a semana no vermelho, contrariando a maioria das principais praças europeias. Os receios de recessão nos EUA, muito vincados no início da semana, causaram quedas que as ligeiras valorizações do final da semana não conseguiram compensar. Ainda assim, a abertura desta segunda-feira (12/08/2024) parece confirmar a tendência positiva. O PSI valoriza em torno de 0,4%.
Números da semana
0,25%
Após vários dias de instabilidade bolsista, em especial no Japão e nos EUA, causada em parte, pela mudança na política monetária nipónica, o banco do Japão comunicou que irá manter a atual taxa de juro de referência de curto prazo (0,25%) enquanto os mercados bolsista e cambial continuarem instáveis.+3,3%
Numa inversão da tendência das últimas semanas, a cotação do barril de crude subiu 3,3%, impulsionada pelo alívio dos receios de recessão nos Estados Unidos, além das ameaças de alargamento do conflito no Médio Oriente. As ações do setor da energia recuperaram 1,3%.
Top subidas
Eli Lilly +10,8%
VF +8,3%
Euroapi +8,0%
Sonova N +7,7%
Asml Holding +6,4%
Top descidas
Radius Recycling A -10,6%Intel -8,2%
Postnl -7,6%
Pfizer -6,2%
Bayer (Xet) -5,1%
A semana em números
| Principais Bolsas | |
| Europa Stoxx 600 | +0,3% |
| EUA S&P 500 | -0,0% |
| EUA Nasdaq | -0,2% |
| Lisboa PSI | -0,6% |
| Frankfurt DAX | +0,4% |
| Londres FTSE 100 | -0,1% |
| Tóquio NIKKEI 225 | -2,5% |
Variação das cotações entre 02/08/24 a 09/08/24, em moeda local.
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