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Bolsas mundiais no vermelho

Publicado em:  23 julho 2024
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Uma semana agitada nas bolsas com a desistência de Biden na corrida à Casa Branca, subida no ouro e a queda do preço do petróleo.

Uma semana agitada para o setor tecnológico, que recuou 3,5% nos EUA e 6,3% na Europa. Muito por causa dos semicondutores (-5,4%) que poderão sofrer com a escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. 

O S&P 500 cedeu 1,2% e o Nasdaq 2,5% na semana, com os "Sete Magníficos" a fechar no vermelho. Foi o caso da Amazon (-5,3%) da Apple (-4,5%) e da Microsoft (-2,4%). 

A Europa, onde o Banco Central Europeu mantém as taxas de juro inalteradas, segue os Estados Unidos com uma queda de 0,8% no Stoxx Europe 600. No fecho de sexta-feira, o cenário até era mais negativo dos dois lados do Atlântico, mas a desistência de Biden na corrida à Casa Branca ajudou as bolsas. Sobretudo devido à perspetiva de um eventual alívio nas tensões com a China. A onça de ouro (+2,3%) atingiu um novo pico a 2484 dólares. A perspetiva de uma redução das taxas de juro torna mais interessante a posse de ouro, que não gera rendimento. 

A elevada probabilidade de uma eleição de Trump nos Estados Unidos beneficiou o setor petrolífero (+ gás e carvão) norte-americano, que ganhava 2,6% na sexta-feira. Entretanto, a queda do preço do “ouro negro” atirou a variação semanal do setor para -0,1%. Trump pretende aumentar a produção de petróleo e reduzir a regulação. Ainda assim, não aconselhamos o investimento neste setor. 

Lisboa valoriza em contra corrente 

A bolsa nacional fechou, na segunda-feira, com uma variação de +2,3% na semana. Uma valorização assinalável, especialmente quando comparada com o panorama global. A única cotada nacional a fechar no vermelho foi a Corticeira Amorim (-1,8%). Nas subidas, a puxar o índice PSI para cima estão o grupo CTT (+7,6%), o BCP (+3,7%) e a NOS (3,5%), que apresentou resultados na quinta-feira, dia 18, com o crescimento de lucros homólogo de 84,6% a animar os investidores. Também as energéticas a EDPR (+3,4%) e a EDP (+3,1%) tiveram variações acima de 3%. 

Entretanto, houve já duas cotadas portuguesas a apresentar, nesta segunda-feira, os resultados do segundo trimestre. A Galp, que beneficiou do aumento dos preços do petróleo, apresentou resultados em linha com as expectativas dos acionistas. Por outro lado, a Navigator comunicou um crescimento de 16% nos lucros do semestre e depois de fechar a semana com 0% de variação, abriu já na terça-feira a valorizar cerca de 3%.

Fique atento ao nosso site, pois em breve poderá aceder às nossas análises mais aprofundadas à situação de cada uma destas empresas. 

Números da semana

-14% 

A holandesa ASML (ver pág.7) foi a empresa da nossa seleção que mais caiu esta semana. O governo americano poderá avançar com novas restrições às vendas de equipamentos para a produção de semicondutores à China. 

2484 $ 

Valor, em dólares, do novo máximo histórico para o preço do ouro. Este valor foi atingido a meio da semana (entretanto, já caiu para perto dos 2400 dólares). A elevada incerteza e a espectativa de cortes nas taxas de juro impulsionaram o valor do ouro. 

Top subidas

V F +22,1%
PostNL +12,5%
Euroapi +10,1%
Roche +8,3%
CTT +7,6%

Top descidas

ASML -14,0%
Applied M.-9,0%
Eli Lilly -8,9%
Atlas Copco  -8,3%
Novo Nordisk -6,6%
 

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 -0,8% 
EUA S&P 500 -1,2% 
EUA Nasdaq -2,5% 
Lisboa PSI +2,3% 
Frankfurt DAX -1,0% 
Londres FTSE 100 +0,2% 
Tóquio NIKKEI 225 -3,9% 

 

Variação das cotações entre 15/07/24 a 22/07/24, em moeda local.

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