Como funcionam os esquemas?
Os burlões utilizam diversos meios de contacto, como chamadas telefónicas, e-mails e a aplicação WhatsApp, uma plataforma que a CMVM nunca utiliza para comunicações com investidores. As vítimas são abordadas por pessoas que dizem ser representantes da CMVM, e oferecem “ajuda” para recuperar quantias perdidas em fraudes passadas. Para tal, solicitam o envio de dados pessoais ou a realização de pagamentos como parte de um procedimento fictício. Embora apresentem uma aparência profissional, muitas vezes com logotipos e linguagem oficial, estas comunicações são fraudulentas.
Os contactos legítimos da CMVM são sempre feitos através de endereços de e-mail com o domínio “@cmvm.pt”. Qualquer outra forma de comunicação, especialmente se envolver anexos ou links suspeitos, deve ser desconsiderada.
O que fazer se for contactado?
Não clique em links, não faça downloads de anexos e, acima de tudo, não forneça dados pessoais ou financeiros. Comunique de imediato a situação através da Linha de Apoio ao Investidor (800 205 339) ou via e-mail para investidor@cmvm.pt.
O que está a CMVM a fazer para combater este problema?
A Comissão informou que já está a tomar as devidas diligências junto das autoridades competentes, de forma a combater este uso abusivo do seu nome. Esta colaboração inclui o reporte de incidentes ao Ministério Público, sempre que se identifiquem indícios de crime.
Adicionalmente, a CMVM reforça que os burlões estão em constante adaptação. Por isso, é crucial que os investidores e o público em geral estejam sempre atentos e informados sobre as últimas estratégias de fraude.
Como se proteger?
Para evitar ser vítima de fraudes semelhantes, siga estas recomendações:
- Certifique-se de que qualquer contacto que alegue ser da CMVM provém de um e-mail com o domínio “@cmvm.pt”.
- Tome o seu tempo para verificar a autenticidade do contacto, os burlões muitas vezes tentam criar uma sensação de urgência.
- Não forneça dados sensíveis como informações pessoais ou financeiras sem confirmar a identidade de quem está a contactá-lo.
- Desconfie de pedidos suspeitos, se a abordagem parecer estranha ou pouco profissional, é provável que se trate de uma tentativa de fraude.
O que fazer se foi lesado?
Supondo que a irregularidade está relacionada com valores mobiliários, o mais simples é contactar a CMVM, que pode informar sobre se a entidade está a operar dentro da lei ou não, instaurar contraordenações e participar a situação ao Ministério Público, caso detete indícios de crime.
Pode contactar o Apoio ao Investidor da CMVM através do 800 205 339 (linha verde), ou por e-mail para cmvm@cmvm.pt.
De uma forma mais geral, em caso de burla, pode apresentar uma queixa diretamente às autoridades.
A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária é competente no âmbito de crimes económico-financeiros.
Pode também dirigir-se ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público.
- Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária.
- Departamento Central de Investigação e Ação Penal Conclusão.
Mantenha-se atento e informado
As fraudes financeiras estão a tornar-se cada vez mais sofisticadas, e os burlões não hesitam em usar a identidade de entidades respeitáveis como a CMVM para alcançar os seus objetivos. Se procura mais informações, como saber quais são os sinais de alerta a que deve estar atento, consulte o nosso artigo "5 sinais de alerta de fraude financeira".
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