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Bolsas europeias fixam novos máximos

Bolsa de Wall Street

Os membros da Fed que são céticos à ideia de baixar novamente as taxas de juro em dezembro crescem em número

Publicado em: 17 novembro 2025
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Bolsa de Wall Street

Os membros da Fed que são céticos à ideia de baixar novamente as taxas de juro em dezembro crescem em número

Apesar do fim do shutdown nos EUA, os investidores mostram hesitação. No entanto, a valorização do setor tecnológico incentiva novas oportunidades de investimento.

O fim do shutdown nos EUA trouxe um alívio temporário da pressão sobre os mercados, embora ainda falte analisar as estatísticas que serão divulgadas nos próximos dias para avaliar o estado da economia americana.

Enquanto se aguardam os primeiros dados, os investidores mostram-se hesitantes e a valorização do setor tecnológico incentiva-os a procurarem novas oportunidades de investimento.

Outra sombra que paira sobre as bolsas é o número crescente de membros da Fed que se mostram céticos à ideia de baixar novamente as taxas de juro em dezembro, dada a persistência da inflação.

Assim, o S&P 500 subiu apenas 0,1% e o Nasdaq perdeu 0,5%. A Intel (-6,8%) liderou as perdas, seguida da Tesla (-5,9%). Em sentido contrário, a Cisco (+9,8%) elevou as suas previsões anuais, graças à procura proveniente da IA, e a AMD (+5,7%) espera uma aceleração do crescimento das vendas, graças aos centros de dados. 

Os investidores voltaram-se para a Europa, menos valorizada do que os EUA, com o Stoxx Europe 600 a ganhar 1,8% e a fixar um novo máximo histórico durante a semana.

No velho continente, o setor farmacêutico valorizou 5,1%, o de bens de consumo subiu 4,6% e o financeiro ganhou 2,3%, com o Société Générale a progredir 6,1%.

O setor de bens de luxo ganhou 8,3%, com a LVMH a subir 5,6%. A empresa planeia abrir importantes lojas na China, já em dezembro, e quer continuar a expandir-se nesse mercado. Este rumor alimenta as especulações sobre a recuperação das vendas na China.

Nota final para o facto de a Bitcoin ter caído abaixo dos 100 000 dólares, devido à maior aversão ao risco por parte dos investidores.

Lisboa de volta aos ganhos  

A bolsa nacional voltou aos ganhos na semana passada, ao subir 0,8%. O BCP (+6%) liderou os ganhos, seguido da Galp (+4,2%), tenho sido estes os principais responsáveis pela subida do índice PSI.

Em contrapartida, o grupo EDP continuou sob alguma pressão, após a divulgação do seu plano estratégico até 2028, que desiludiu um pouco. EDP e EDP Renováveis perderam 1,6 e 1,2%, respetivamente. 

A nível de resultados, o lucro da REN (-1%) cresceu 23,4% até setembro, um valor em linha com o esperado. Contudo, a subida deve-se sobretudo a efeitos fiscais positivos.

No caso da Sonae (inalterada), os lucros aumentaram 37,6%, a refletir especialmente uma melhoria do desempenho operacional dos vários negócios do grupo. A ação fixou um novo máximo desde abril de 2015.  

Números da semana

+11%   

As empresas americanas estão a registar o maior crescimento dos lucros dos últimos 4 anos: +11% no terceiro trimestre. Apesar de terem absorvido parte dos aumentos de preços, beneficiaram do facto dos consumidores continuarem a gastar.

10 mil MD   

Os acionistas da Metsera aprovaram a aquisição da empresa especializada em obesidade pela Pfizer, após a Novo Nordisk ter retirado a sua oferta.

Para vencer a disputa, a Pfizer pagará até 10 mil milhões de dólares, preço que se justifica pelos produtos desenvolvimento da Metsera e pelo forte crescimento esperado do mercado da obesidade. 

Top subidas

DEME Group +15,5%
Eli Lilly +10,9%
Cisco Systems +9,8%
Bayer +9,0%
Merck +7,7%

Top descidas

Intel -6,8%
Tesla -5,9%
Atenor -5,1%
Walt Disney -4,5%
Sonova -4,1%

A semana em números

Principais Bolsas
Europa Stoxx 600 +1,8% 
EUA S&P 500 +0,1% 
EUA Nasdaq -0,5% 
Lisboa PSI +0,8% 
Frankfurt DAX +1,3% 
Londres FTSE 100 +0,2% 
Tóquio NIKKEI 225 +0,2% 

Variação das cotações entre 07/11/25 a 14/11/25, em moeda local.

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