Nada parece deter as bolsas mundiais, que voltaram a registar uma semana positiva, impulsionadas pela IA. Os ganhos foram de 1,1% no S&P 500 e de 1,3% no Nasdaq. Na Europa, os mercados seguiram os homólogos americanos, com o Stoxx Europe 600 a subir 2,9%. A praça de Zurique recuperou 4,8% graças à Roche (+13,1%) e à Novartis (+6,9%).
Os investidores reagiram favoravelmente a notícias que alimentam a confiança no crescimento da IA. As sul-coreanas Samsung Electronics (+6,8%) e SK Hynix (+17,5%) são parceiras da OpenAI no desenvolvimento de infraestruturas destinadas a centros de dados. O setor dos semicondutores ganhou 5,1%, com a Nvidia (+5,3%) e a Intel (+3,7%) em alta. A ASML (+8,3%) beneficiou de uma recomendação favorável do UBS, que aumentou o preço-alvo.
O apetite pelo risco e o clima macroeconómico incerto empurraram a bitcoin para valores superiores a 120.000 dólares.
O setor farmacêutico europeu valorizou 10,9% à espera de um acordo com Trump sobre os direitos aduaneiros. A americana Pfizer subiu 15,2%, a britânica AstraZeneca 15% e a francesa Sanofi ganhou 10,8%.
O preço do petróleo recuou 8%, contagiando o setor energético (-1%). A OPEP+ vai aumentar ligeiramente a sua produção para o mês de novembro. A TotalEnergies (-5,9%) voltou a cair, tendo mesmo liderado as perdas.
A Aperam (+11,5%) confirmou que poderá ter no terceiro trimestre um EBITDA abaixo do nível do primeiro devido à pausa de verão. A boa notícia é que Bruxelas vai finalmente aumentar os direitos aduaneiros sobre as importações de aço. A ArcelorMittal (+5,2%) seguiu a tendência.
Lisboa em máximos desde 2011
A bolsa nacional acompanhou as suas congéneres mundiais e subiu 2% na semana passada. À exceção da Impresa, que registou fortes ganhos após ter sido noticiado o interesse de um grupo italiano na sua aquisição, não houve grandes novidades na praça lisboeta.
Numa altura em que os investidores começam a centrar atenções nos resultados do terceiro trimestre, o grupo EDP voltou a liderar os ganhos dos títulos do índice PSI: EDP Renováveis (+7,2%) e EDP (+3,2%).
A REN (+2,9%) fechou o pódio depois de anunciar a aquisição de um conjunto de linhas de transmissão de eletricidade no Chile à MLP Transmisión, pelo montante de 67,5 MD.
Em alta, destaque igualmente para o setor da distribuição, com a Sonae a valorizar 2,9% e a Jerónimo Martins a ganhar 1,2%.
Pela negativa, a Altri (-3,1%) e a Navigator (-2,1%) lideraram as perdas. A Mota-Engil corrigiu 1% mas mantém uma valorização muito significativa de 71,5% desde o início do ano.
Números da semana
8115
Valor de fecho da bolsa de Lisboa, que constitui novo máximo desde fevereiro de 2011. Em 2025, sobe 27,3%. Apesar da reduzida dimensão do mercado, a melhoria da situação económico-financeira do país ajudou a despertar o interesse dos investidores.
122 308 $
Face ao shutdown do Governo nos EUA e ao elevado apetite pelo risco, a bitcoin voltou a dar sinais de vida e fechou acima dos 122 000 dólares, tendo até ultrapassado os 125 000 durante o fim de semana. Dada a elevada volatilidade e risco, mantenha-se afastado ou não invista mais de 5% do valor da sua carteira.
Top subidas
Eli Lilly +15,9%
Pfizer +15,2%
Stellantis +14,1%
Merck +13,5%
Roche +13,1%
Top descidas
TotalEnergies -5,9%
Netflix -4,7%
Meta Platforms -4,5%
Chevron -4,1%
Blackstone -3,9%
A semana em números
Principais Bolsas | |
Europa Stoxx 600 | +2,9% |
EUA S&P 500 | +1,1% |
EUA Nasdaq | +1,3% |
Lisboa PSI | +2,0% |
Frankfurt DAX | +2,7% |
Londres FTSE 100 | +2,2% |
Tóquio NIKKEI 225 | +0,9% |
Variação das cotações entre 26/09/25 a 03/10/25, em moeda local.
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