Depois de dois fracos trimestres, a economia brasileira cresceu 0,8% nos primeiros três meses de 2024. Graças ao desemprego no seu nível mais baixo em dez anos e ao aumento das transferências sociais, o consumo tem estado mais dinâmico.
O corte acumulado de 3,25% na taxa diretora, desde agosto, também levou à recuperação do investimento. A produção agrícola aumentou após um recuo no segundo semestre de 2023.
A indústria brasileira, por seu turno, ainda está em crise. O ritmo de crescimento no início do ano foi uma boa notícia, mas é improvável que se repita nos próximos meses. Depois de um excecional 2023 que permitiu um crescimento do PIB de 2,9%, a produção agrícola será menos dinâmica.
As catastróficas inundações no sul do país também terão um impacto negativo na atividade. Além disso, implicam despesas públicas imprevistas, numa altura em que a situação orçamental já é delicada e não há medidas concretas para conter o défice.
Em 2024, o crescimento do PIB brasileiro será inferior a 2%. A bolsa de São Paulo é interessante, mas apenas para perfis mais dinâmicos e menos sensíveis ao risco.