Em janeiro, a taxa de inflação atingiu 3,1% tendo superado as expectativas. Embora já estivesse em 3% em junho passado, passaram oito meses desde que as pressões inflacionistas vêm a diminuir nos Estados Unidos. Esta pequena inversão explica-se pela boa saúde da economia e o dinamismo do consumo das famílias. Com o pleno emprego e o aumento dos salários, o poder de compra dos norte-americanos propicia mais consumo, mas atividade económica e mais inflação.
Neste contexto, a Reserva Federal não deverá alterar em breve a política monetária. Com a economia em bom plano e a taxa homóloga de inflação ainda muito acima do objetivo oficial de 2%, a Fed poderá esperar para ver as pressões inflacionistas mais baixas antes de agir, provavelmente só no segundo semestre. Apesar de uma primeira reação negativa, as bolsas acabaram por superar essa relativa deceção de adiamento dos cortes dos juros.