Galp Energia vende participação na Namíbia
A necessidade da venda é resultado do elevado investimento que seria difícil de suportar pela Galp
A necessidade da venda é resultado do elevado investimento que seria difícil de suportar pela Galp
Cumprindo a promessa de tomar uma decisão até ao final do ano, a Galp vendeu metade da sua participação de 80% no campo petrolífero de Mopane na Namíbia.
No âmbito do acordo celebrado com a TotalEnergies, o grupo francês fica com uma posição de 40%, tal como a Galp, e passará a ser o operador principal do projeto, dividindo o risco e os custos de investimento.
Em troca, a Galp fica com 10% e 9,4% noutros dois campos petrolíferos na região, operados pela TotalEnergies, mas não receberá dinheiro, como o mercado antecipava.
A necessidade desta venda é percetível, pois o elevado investimento em causa seria difícil de suportar pela Galp, até porque o primeiro retorno só chegará daqui a uns anos.
Mas, face ao potencial do projeto (previsão de 10 mil milhões de barris de petróleo), a contrapartida desiludiu um pouco (cotação caiu 19%). Ainda assim, é importante que o projeto avance com celeridade, o que parece estar assegurado e, apesar da reação bolsista negativa, a médio e longo prazo ele é positivo para a Galp, alavancando o seu crescimento futuro. Mantemos as previsões de lucros por ação de 1,45 euros em 2025 e de 1,36 euros em 2026.
A venda de 40% do projeto na Namíbia era esperada, mas a contrapartida desiludiu um pouco. A queda do preço do petróleo é um fator de pressão, apesar da Galp operar de forma rentável com preços mais baixos.