A Galp teve lucros de 0,92 euros por ação no primeiro semestre, menos 8% face a 2024 mas acima das nossas previsões. Sem elementos não recorrentes e sem o efeito muito volátil da valorização dos stocks, o lucro recuou 9% para 0,77 euros.
A queda de 15% do preço do petróleo e o recuo de 40% da margem de refinação justificam a queda do lucro que, ainda assim, beneficiou do aumento de 2% da produção petrolífera e do forte desempenho da atividade de trading de produtos a nível internacional, após a americana Venture Global LNG ter dado início às entregas de gás natural liquefeito.
Este fator melhora as perspetivas da atividade de trading para os próximos trimestres, o que a par do aumento da produção do grupo, justifica a subida da previsão de EBITDA recorrente, pela empresa, de 2,5 para 2,7 mil ME, em 2025.
Em relação à Namíbia, não há novidades. A prioridade é firmar uma parceria forte para desenvolver o promissor projeto petrolífero e espera-se a decisão até ao fim do ano.
Quanto à reconversão da refinaria de Sines, prevê-se que em 2026 possa começar a produção de combustíveis de baixo carbono e de hidrogénio verde. Subimos a previsão de lucros por ação, de 1,17 para 1,34 euros, em 2025 e de 1,16 para 1,35, em 2026.
Conselho
Dada a conjuntura global e setorial pouco favorável, os resultados foram bons e as perspetivas mantém-se positivas. A ação está correta, pode manter.
