Kion, Renault, UBS
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers

UBS planeia comprar ações próprias
Autor: Análise da equipa internacional de analistas da Euroconsumers
UBS planeia comprar ações próprias
Kion
Manter
A Kion, especialista em logística (empilhadores e automatização de armazéns), está a ultrapassar as dificuldades que afetaram os resultados nos últimos anos.
A reestruturação dá frutos e a rentabilidade melhora gradualmente. No entanto, o crescimento do volume de negócios continua débil (-2% no primeiro trimestre de 2025).
A Kion observou grande prudência nas encomendas por parte das empresas. Os clientes preferem modernizar os equipamentos existentes em vez de investir em novos, cuja rentabilidade seria incerta num cenário de desaceleração económica.
Neste ambiente, a Kion enfrenta dificuldades em aumentar os preços de venda. Porém, deverá cumprir os seus objetivos financeiros para 2025.
A atividade de serviços (manutenção e modernização) mantém-se naturalmente dinâmica. A relocalização das empresas a nível global, para garantir maior independência produtiva, constitui também um vetor de crescimento para a Kion, embora os efeitos não sejam imediatos. Mantemos as previsões de lucro por ação em 2025 (3 euros) e 2026 (4 euros), face aos 2,78 euros de 2024.
Com 60% do volume de negócios na Europa Ocidental, a Kion pode beneficiar do plano de investimento da Alemanha, centrado na modernização do tecido industrial e no aumento do investimento empresarial.
Renault
Manter
A Renault anunciou uma nova abordagem contabilística para refletir melhor o valor real da sua participação na Nissan. Com este novo tratamento, eventuais perdas financeiras da Nissan ou imparidades associadas deixarão de afetar diretamente os resultados da Renault, sendo registadas nos capitais próprios.
Além disso, a venda de ações da Nissan deixará de gerar menos-valias contabilísticas no resultado da Renault. Esta alteração, embora técnica, sinaliza o aligeirar dos laços financeiros entre a Renault e a Nissan. Surge num contexto de reequilíbrio da aliança, com a Renault a reduzir gradualmente a sua participação na Nissan.
Esta mudança quer reforçar a confiança dos investidores na capacidade da Renault para conduzir a sua própria estratégia, focando-se nas suas marcas (Dacia, Alpine, Mobilize).
No entanto, a aplicação deste novo tratamento terá um impacto negativo significativo: 9,5 mil milhões de euros nos resultados semestrais a apresentar a 31 de julho. O exercício de 2025 apresentará uma perda contabilística, sem impacto na tesouraria nem nos dividendos.
UBS
Manter
O banco suíço UBS lançou um programa de compra de ações próprias no valor de 2 mil milhões de dólares para o segundo semestre de 2025. Este novo programa sucede ao plano anterior, também de 2 mil milhões de dólares, iniciado em abril de 2024.
Esta é uma boa notícia, mas os investidores querem também garantias quanto ao nível do dividendo. A cotação está em ligeira queda desde o início de 2025, ainda penalizada pelas incertezas sobre as exigências para os capitais próprios. .